quinta-feira, abril 06, 2006

"Orgia" de palavras

Mundo exterior, mundo interior, mundo entre quatro paredes de um quarto, onde toda a intimidade é explorada... será isto a intimidade?
Achei uma peça perturbadora e algo pesada, seja pelos diálogos (longos e emaranhados), seja pela duração (quase duas horas!), seja pelo tema (violência de palavras, conversas em torno de sexo sadomasoquista, um jogo de gato e rato, vilão e vítima, predador e presa). Não foi uma peça com que me identificasse, nem com os diálogos, nem com o tema, nem com aquilo que me perturbou. Porque há o perturbar e o perturbar de forma violenta, inesperada e absurda. Senti-me incomodada, e não vi naquela peça algo que me acrescentasse... simplesmente fui. Se calhar cometo uma heresia... e não conheço Pasolini... fui mal preparada, bem sei, e se calhar não comecei pelo melhor... foi como alguém que não gosta de beber álcool, começar logo com um trago de whisky... ou então não.

[Tiago, não há muito que pensar. Pelo menos não coisas muito bonitas... Valeu pela companhia =)
Parabéns Susaninha! =)]

2 comentários:

  1. Cultura é cultura!
    Claro que valeu a pena ter ido e valeu a pena não ter gostado.
    É bom não gostarmos sempre de tudo. É sinal de não ignorância. É sinal que conhecemos um leque que nos permite fazer comparações, que nos dá bagagem.
    É tudo isso que dá sentido ao facto de continuar a procurar. É isso que nos faz refinar os nossos gostos, é isso que nos cultiva. Ter cultura não é beber tudo, é identificar-se com uma determinada, ou com um leque determinado, e vive-la.
    Ou então não! =P

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  2. Se há dádivas de Deus tu foste uma delas o que me faz estar sempre eternamente grata.
    OBRIGADA DEUS.
    OBRIGADA JOANA POR ME TERES ESCOLHIDO MAS SABES QUE TE AMO MUITO E ESSE AMOR É ETERNO E DEUS SABE DISSO...

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