sexta-feira, outubro 31, 2008

iNqUiEtAçÃo

(este tema de José Mario Branco está aqui por tantos e vários motivos:
1 - Por só agora conhecer o tema original;
2 - Pelo concerto esgotado, hoje, que já não vou ver com o meu pai;
3 - Por me ter apaixonado pelo tema na boca do JPSimões;
4 - Por me ter apaixonado pela pessoa que me mostrou JPSimões;
5 - Pela pessoa que me inquietou mas que foi a responsável por me ter apresentado aquele que me iria apresentar JPSimões;
6 - Por ter sido um tema que me foi recentemente lembrado;
7 - Por não me lembrar se alguma vez o "publiquei" aqui, mas que na verdade pensei muitas vezes em fazê-lo;
8 - E pela razão óbvia)

A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda


A maior razão será porque na esperança de, com tantas guerras que travei, ainda ir a tempo de fazer as pazes.

Comigo.

sábado, outubro 25, 2008

do what you have to do
what is it that you do
you do have to do what
you do have to do
you do what you have to do
do I have to do what
I have to do
do what you have to do
what is it that you do
that you have to do
do what you haver to do


(instalação sonora de Luísa Cunha, 1994 - Culturgest 2007)

domingo, outubro 19, 2008

Postal de Madrid (10 Junho de 2008)

"(no envelope) "Tem a ver contigo, não sei...

Joana, é para ti:
A maior empresa do Mundo

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não me esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se num autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter esperança para receber uma crítica, mesmo que seja injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas. Um dia vou construir um castelo.

(Fernando Pessoa)

Só agora encontrei o que te queria dizer. É do Fernando Pessoa, tenho pena que não tenha sido eu, mas era mesmo o que te queria dizer.
Beijinho grande, Margarida"

Este postal nasceu de uma mensagem. Como um sorriso que se propaga. A Margarida deu-me um postal lindo com a imagem de Modigliani (Mulher sentada com vestido azul, 1918). Esta franja... :)
Devolvi-lho!

E pedi-lhe que me escrevesse algo. Porque um postal é para escrever e o mais certo era acabar por escrevê-lo a alguém. Assim não. Parou no destino.
Ficou triste quando lhe disse que já conhecia o texto. E porquê, se antes da hora não é ainda hora? Se só agora o ponho aqui?
Pessoa é uma Pessoa e tanto e escreveu-nos belos textos. Ele e os outros quatro!
Mas desta vez, não fui confirmar o original. Porque para mim, interessa este original (que não deixa de ser, só porque eu o conheço! Tantas vezes gostamos de conhecer algo mais sobre um amigo, mesmo quando já o conhecemos e olhámos antes!), manuscrito pela própria Margarida.
Obrigada!
A propósito da empresa. Gosto muito desta palavra. Faz-me logo lembrar os textos que li ao longo da minha formação e que se referiam a grandes coisas da vida. Como neste texto! A busca de perseguir e ser uma grande empresa. É legítimo. É romântico e necessário! É uma empresa.
Quanto às pedras com que quero construir o castelo... são as pedras construtoras dos meus pilares :) as pedras cravadas em mim que me fortalecem! Amigos!

Este quadro pretendo vê-lo ao vivo em Fevereiro :)

segunda-feira, outubro 13, 2008

quinta-feira, outubro 09, 2008

Côxa

A propósito de ter deixado de ser côxa.
A propósito de uma anedota que me faz rir muito (mais pela cumplicidade do que pela piada em si!) e a uma amiga (das grandes! Hoje pequenina!) que faz aniversários! :)

"- Depois levantou-se e andeu!
- Andou, estúpido!
- Andou estúpido durante uns tempos, depois passou-lhe!"

:D
:D
Parabéns, Mari!!

La ultima noche

Quiero terminar con toda la esperanza que quedó
Hoy voy a arrancar lo que ha quedado en este corazón
Siento que olvidar la última mirada que me dió
puede ahogar por fin el ultimo recuerdo de su voz

Porque he llorado tanto, tanto, tanto que no siento
Mis lágrimas quemándome, ay quemándome en el cuerpo

Ay de mí, que esta maldita luna
borre de mi pecho este dolor
Ay de mí, es la última noche
que voy a sufrir por este amor

Quiero despertar mirando las estrellas otra vez
Hoy van a brillar los cielos que me han visto padecer
Creo que soñar los besos que me ha dado por amor
pueden alcanzar para curar mi pobre corazón
Voy a quedarme solo, solo, solo, solo y vivo
Dejando que se pierda poco a poco en el olvido
Para matarla pronto, pronto,
Para olvidarme todo, todo,
Para quedarme solo, solo y vivo
(Diego Torres)

sábado, outubro 04, 2008

Mestre amigo!

"Devemos aceitar com serenidade as coisas que não podemos modificar, ter coragem para modificar as que podemos e sabedoria para perceber a diferença."
(S. Francisco de Assis)


Beijo a todos os franciscanos que conheço e que estimo, que me têm ensinado com o exemplo, simpatia, afabilidade e sorriso disponível. Em especial: Paulo, Bernardo, Quintã, Bruno, Silvestre, Moisés, Nicolás (e tantos outros).

quinta-feira, outubro 02, 2008

Está na altura de deixar de ser côxa...

... e nem sequer tenho já o apêndice... mas alguém pensou que isto tivesse que ver comigo? Pffffff...

No link podem ver e ouvir a música e imaginar como eu a dançaria, no volume em que o faria =)

Love Is Noise
The Verve

Will those feet in modern times
Walk on soles that are made in China?
Feel the bright prosaic malls
In the corridors that go on and on and on

Are we blind - can we see?
We are one - incomplete
Are we blind - In the shade
Waiting for lightning - to be saved
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again

Will those feet in modern times
Understand this world's affliction
Recognise the righteous anger
Understand this world's addiction

I was blind - couldn't see
What was here in me
I was blind - insecure
I felt like the road was way too long, yeah
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again

Cause love is noise, love is pain
Love is these blues that you're feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again
Will those feet in modern times
Walk on soles made in China?
Will those feet in modern times
See the bright prosaic malls?
Will those feet in modern times
Recognise the everything up
Will those feet in modern times
Pardon me for my sins
Love is noise
Come on

Há umas semanas, fiz alusão a uma possível mudança de nome do blog para algo que se assemelhasse em sonoridade ao "sabor a fénico". Seria um renascer das cinzas, contrapondo com o sentido desse sabor estranho. Iria ser Fénix. Mas era foleiro... Se ainda ao menos fosse piroso... mas não! Era foleiro... e que cinzas são essas? Deixa-te de cinzas e façamos barulho! :) 'Cause love is noise!