Passagem de ano! Eheh...

O último dia do ano de 2005 começou da melhor forma. Um pequeno almoço com um caro amigo e duas amigas não menos valiosas. É bom quando o último dia é partilhado com pessoas de quem gostamos, a lembrar coisas que já passámos juntos, a lembrar gargalhadas, a fazermos contas de em quantos anos já vai a nossa amizade, e o tanto que já se passou. Os últimos acontecimentos e os primeiros, festejar o final de um curso, a conquista de mais uma batalha, e despedirmo-nos sempre com um “até à próxima”, que ao contrário do que acontece com a maior parte das pessoas, acaba mesmo por acontecer, seja mais próximo, ou não.

Estava tudo organizado para a passagem, as tarefas distribuídas, e a noite prometia. Acabámos por optar por uma passagem de ano temática em que cada um de nós poderia encarnar uma personagem, um actor ou representar um filme.
O serão foi animado, ainda para mais porque as nove pessoas iniciais passaram para onze. E é sempre uma festa quando mais se nos juntam. A vinda do Paulo prometia algum divertimento, quanto mais não fosse ao observá-lo a cortar fruta e a ser alvo de alguma dúvida quanto ao seu personagem: Coronel Kilgore, de Apocalipse Now. Depois era o Padrinho, o Corvo, a figurante de Lawrence da Arábias, Patch Adams, O Clube dos Poetas Mortos, Zorro, que afinal era o Fantasma da Ópera e acabou a noite como Harry Potter, Marilyn Monroe, Miss Saigon, Capuchinho Vermelho e, por último, a nossa mais difícil “contratação”, Whoopi Goldberg em Do Cabaré para o Convento.
Valeu a pena, amiga, o tempo que te estive a convencer para passares o ano connosco. O argumento da Mari foi um bom argumento, e ainda bem que acabaste por preferir “viajar” connosco a ler, depois, o nosso diário de viagem. Já estava a entrar em desespero por não saber qual era a parte que me estava a falhar, para não te conseguir demonstrar toda a importância e questão que fazia em passares comigo (connosco)! Foi tão giro, não foi? Gostei mesmo! Espero que te tenhas divertido e tenhas sentido que todos nós gostámos de te ter connosco. Todos 3Nós! Foi bom abraçar-te e estar contigo, ainda que pareça que, durante o ano, não estamos assim tão juntas (fisicamente) como gostaríamos. Foi bom saltar, dançar e rir contigo. Gosto muito de ti.
Desde o jantar às gargalhadas, desde as fotos à sangria de champagne, desde as músicas ao limbo, desde os sorrisos aos abraços e felicitações. As brincadeiras, as "bocas"... Foi muito giro!

A todos os outros com quem não passei mas que acabei por sentir tanto a presença, graças a este ano que finda e que foi tão rico na relação com os outros: Anita, a ver se para o ano é que é, pois gosto muito de festejar contigo; Joana, ia sendo desta, mas não foi =P; Maria, cuja amizade tem vindo num crescente e que só isso me fez aguentar os quilómetros que nos separavam, Tiago e Inês, percebo-vos bem... mas também estiveram muito presentes em mim!
A todos um grande ano de 2006, que cá para mim, será um ano muito bom.
E naquilo que quero e creio, coloco todas as minhas forças. E eu acredito!













Uma última palavra e beijinho para o Silvestre que completou o seu 42º aniversário e que ainda conseguiu “passar” por nós para apagar as suas velas que teimavam em não se apagar. Seja assim a tua força e boa disposição para os outros, uma persistente luz de sorrisos e muita paciência!! =) O resto é para recordar junto de 3nós.

«Muna Xeia»

Ah e tal, balancê, balancê e eu "estrunga" (vocábulo original pedxonguiano) "abalancei-me" e comprei o mais recente CD de Sara Tavares. Foi em "xeio"! É que está simpático, quente, animado e "boa-onda" para 2006 =) À venda desde 28 do mês passado, lá o comprei e me surpreendi, pois este CD tem apenas um mês e já sabe tanto! =P.

Ouve-se e dança-se ao som de um Balancê, sente-se logo um Bom Feeling, um hino a Lisboa Kuya, fala-se d' Ess Amor, e daquele a que chamamos OnE lOvE. Descansamos, e ao som de Pouca Terra que nos ensina sabiamente que "A vida não muda, se não a mudares. O mundo não gira senão o girares. A boa semente dará boa gente..." e por aí. Recupera-se o fôlego e calmamente ouve-se recitar Amor é, e sorrimos quando pensamos que Dam Bô é "um razão pam sorri". Guisa é continuar a ouvir e a viajar por este "Planeta Sukri" e deixarmo-nos encantar com esta Novidadi musical. Antes de fecharmos De Nua, rendidos a estes sons, fica-nos o mistério e o encanto de uma Muna Xeia. Que foi a que escolhi para passar a letra. Calminha e tão bonita... (ah e tal! e tem um nome lá no meio que é tão "menito" e salva a honra de, até agora, só ter havido uma música, como foi esse grande êxito "Oh, Joana... Pensar que estivémos tão perto..." AAAARGHHH!...).

"um sensação doce § um sombra, bô magia § nha vida inteiro um ta dá § só pa um sigundo di bô sorriso §§ é grandeza di amor § bem maior qui tudo dôr § abri asa e voá §§ muna na paz § muna na fé § joana muna § nha mana di côr café §§ é luar na bôs odjo § ki ta fazem sonha ku céu § imansidão di bô alma § ki ta invadim na coração § di luz e céu § siduz cretcheu § nha muna xeia §§ muna na paz § muna na fé § joana muna § nha mana di côr café"

(Muna Xeia, Sara Tavares)

[ que dificuldade a escrever esta letra, sempre a fugir para o Português =P!! Entretanto, os preparativos para a passagem e os mimos via sms, vindos do Brasil =)]

O dia de Natal

Como uma miúda... recebo prendas como uma miúda! É assim que me sinto a cada Natal! Rodeada de papéis amachucados, de caixas abertas, de prendas espalhadas...
Foi mais uma noite a três. Calma, serena, um tanto ensonada =P... Natal com crianças tem outra magia e ansiedade... Como estaria o meu sobrinho Gui?? Já deitado, por certo...
Ontem, de manhã, lá fui eu de comboio visitar os meus avós. Gosto tanto de andar de comboio. O conforto, a paisagem, a rapidez. Gosto! Mas o melhor é mesmo a chegada. Quando alguém está à espera, sem esperar que eu chegasse pontualmente... a culpa não é minha! É do comboio que é muito pontual!!! =P
O meu pai gostou da prenda :)) e eu gostei de poder estar ali! Com menos frio do que esperava.
Encontrei a minha avó no mesmo sítio onde a encontro sempre que lá vou. É claro que coincide sempre com feriados ou domingos pelo que a sua posição que, ora curva da idade, ora curva para se aproximar mais do televisor (o que acaba por ser uma redundância!) lá está a ouvir a mensagem do Santo Padre. Recordo como ela gostava todos os anos que lhe desse os Parabéns e lhe dissesse "Pois, a avó faz anos no mesmo dia que o Santo Padre!", na altura Papa João Paulo II. Aquele quadro encheu-me, especialmente, de ternura... que quadro bom de se fotografar, pintar, descrever! Magrinha, mas forte. Feliz por me ver, mas sem desviar muito a atenção da Missa.
Já o meu avô, irrompe pela sala, meio manco, já tinha ido à missa, e com a sua voz altíssima e grave (parece-me cada vez mais alta e grave, quanto mais se aproxima do meu ouvido!) "Oh, Joanita!"... E está ali a comprimir-me num abraço inconfundível, ao mesmo tempo que conversa sobre o que primeiro lhe surgir! Desta vez foi da viagem de comboio... bem mais seguro que de avião ("por causa das catastrófes")... e por aí tivémos durante mais seis ou sete minutos... o tempo que ainda consigo respirar naquele abraço. Logo me leva para a lareira para conversar comigo e me contar mais umas histórias (algumas repetidas) sobre pessoas que nem conheço. Mostra-me os seus papéis (imensos!) da carteira e mostra orgulha em ter ali tudo, mesmo o que pouco precisa, ou vai precisar.
Descubro que tirámos a carta com a mesma idade =P Pequenas curiosidades que servem de pretexto para mais uma conversa ou uma maior aproximação.
O almoço foi com os primos com quem até costumo estar menos vezes, o que foi muito bom! Vimos (dormimos!) um filme e brincámos uns com os outros. Ainda revi a minha madrinha e ainda tive tempo para ouvir uma ou duas sobre aqui a "menina da cidade"!
A luz que faltou inúmeras vezes durante o dia fez-nos recolher antes das conversas acabarem...

Mas foi quando me preparava para me deitar que recebi um telefonema de "despedida" do Tiago. Vai para o Brasil. Enfim... custa! =P Gostei muito da nossa conversa e da troca de mensagens... é bom a nossa amizade! [E não fizeste mais do que a tua obrigação gastares o saldo todo comigo =P! ]
Boa Viagem! Vou-me deitar...

Ahhhhhhhh! Sinto, inesperadamente, um saco de água quente aos meus pés... Obrigada Avózinha! No escuro e tão tarde ainda foste aconchegar-me sem que eu esperasse.

Hoje de manhã regressámos a Lisboa.

Deixai entrar o Natal!

Este Natal acabou por se revelar uma época de bastante introspecção como eu desejei aos outros.
Veio tarde mas com força! Por todas as sensações reveladas e renovadoras que tenho sentido, por uma enorme vontade de tornar este Natal especial e dedicar-me à preparação do nascimento do Menino dentro de mim (este ano fui eu a fazer o presépio cá em casa!), mas também por algumas mensagens que recebi. Chegaram via telemóvel, messenger, postal, carta... enfim... de alguma forma, havia uma mensagem a ser transmitida e eu tinha de recebê-la, aceitá-la, ouvi-la, interiorizá-la. Deus estava a transmitir mensagens através destas pessoas e eu não podia recusar-me a ouvi-las.
Foram mensagens que me fortaleceram e me encheram de coragem e fizeram-me acreditar que este ano de 2006 que se aproxima vai ser um bom ano... e não me canso de dizer!
EU ACREDITO!
No dia da ceia de Natal dos 3Nós, quando achei que todas as emoções daquela noite tinham terminado, recebo uma sms à 1h32 que me arrepiou e me fez verter umas lágrimas de felicidade. Porque sei que a felicidade se encontra tanto nos sorrisos mais profundos como nestas comoções.
A minha comoção deveu-se, mais do que à mensagem, à pessoa que ma enviou. Uma amiga que nem sempre abraço, a quem nem sempre sorrio, com quem nem sempre concordo! Dizia, então, que gostava de se comover com a minha sensibilidade e amor e pedia desculpa por não me dizer tantas vezes, como gostaria, o quanto gosta de mim. ----> Mariana, esta tua mensagem foi muito importante para mim, e disse-to na altura. Foi importante ter vindo de ti. Acredita! Mas tu, como não satisfeita, voltas a surpreender-me com duas compotas feitas por ti (hummm... =P) e com um postal que me deixa de novo sem palavras. E a razão pela qual o transcrevo (se me permites, Mariana!) deve-se ao facto de eu querer assimilar estas palavras. Passá-las a escrito. Torná-las memória. Pois vindo de quem veio, foi tão importante... Amiga, que força para este ano que tu me deste. Que palavras quentes! Obrigada!
"Amiga Joana,
Não temos nos últimos tempos partilhado muitas coisas juntas. Ainda assim, sinto a tua presença permanente e iluminada. A tua sensibilidade e doçura fazem-me sentir como é bom sermos amados e como é fácil dizer aos outros que os amamos. Cuidas dos amigos com um carinho especial e dedicas-te com atenção e ternura aos que amas. Sorris e repreendes; abraças e impões-te; importas-te e dedicas-te e amas. És tu.
É para mim difícil expressar a intensidade dos sentimentos e pôr em palavras aquilo que só o coração consegue dizer. Fazes rir e chorar ao mesmo tempo e irradias uma luz que ilumina todos os que deixas que te cativem.
Gosto muito, muito de ti e queria ainda dizer-te tantas coisas... por palavras que o coração não sabe...

Para o ano de 2006, desejo que a luz do menino Jesus e o brilho da estrela de Belém guiem o teu coração e que eu diga tantas vezes quantas as que mereces ouvir que és linda, que te adoro e que me fazes sentir tão feliz!
Um grande beijinho, Mariana"

Que há a dizer? Que estas palavras me (e)levam para lá daquilo que eu poderia esperar. São de uma generosidade tão gigante que a minha alegria não coube em mim quando o li, no dia do parque. Saltei, pulei, exteriorizei. Fez toda a diferença no meu Natal.
Ainda por cima, neste mesmo Natal em que alguém me disse via messenger que deveria aproveitar este ano para me tornar mais para mim. Não exagerar no altruísmo. Questionei-me se me estaria a aconselhar a ser egoísta... e se assim foi, afirmo que não há nada mais egoísta do que fazer o que "faço" por mim. Então, sim! Sou egoísta! Principalmente comigo =P E assim quero continuar. Assim, as mensagens complementam-se. Ao mesmo tempo que quero continuar a preencher-me dos outros, quero fortalecer-me com o carinho que têm por mim! Assim, a minha resolução de ano novo, a minha vivência este Natal é "ser para mim mesma como sou para os outros". E é uma batalha, um desafio e um caminho. O meu caminho... mas não caminho só! =P
Para completar o meu Natal, aquela que o faz acontecer em mim, todos os dias! Dri! Mas que carta! É verdade, há muito que não me escrevias e foi a melhor prenda que me poderias ter dado. A tua amizade renovada a cada encontro, a nossa cumplicidade inacabada, as nossas gargalhadas (sobre o "nosso" T2/4). Adoro quando me mandas mensagens e me chamas estrela que pula :) O meu carinho por ti é inexpressável, mas espero que sempre demonstrado. E para sempre... Contigo, desde sempre, e o tanto que já vivemos juntas. O meu coração transborda de ti e tu és também a razão do meu sorriso!! És também o meu tesouro!... Sempre =) Ainda dizem que os anjos não existem...

Alegrem-se os céus e a terra, cantemos com alegria...

A TODOS UM FELIZ NATAL (como dizia o outro, "que o Natal aconteça em vocês")!!!
Em mim, aconteceu outra vez!

Receita de perú com whisky

"INGREDIENTES:
* Uma garrafa de whisky - do bom, é claro!!
* Um perú (5 kg, aproximadamente)
* Sal, Pimenta e molho verde q.b
* 350 ml de azeite extra-virgem
* 500 gr de bacon em fatias
* Nozes moídas

PREPARAÇÃO:
Envolver o perú no bacon e temperá-lo com sal, pimenta e molho verde a gosto.Massajá-lo com azeite.
Pré-aquecer o forno durante aproximadamente 10 minutos. Beber uma boa dose (dupla) de whisky, enquanto aguarda.
Colocar o perú numa assadeira grande. Sirva-se de mais duas doses de whisky.
Ajustar o terbostato na marca 3, e, debois, de uns binte bidutos, bonha para assassinar, digu, assar a ave. Beber bais uba dose de whisky.
Debois de beia hora, formar a baertura e controlar a assadura do bato. Tentar zentar na gadeira, zervir-se de uooooootra dose boa de whisky.
Gozer(?), gosturar(?), gozinhar(?), sei lá, gopule-se o berú. Deixááár o vilho da bãe no vorno bor ubas quatro horas.
Tentar tirar o berú de lá. Bandar bais uba boa dose de whisky pa dentro, dendar nobabente tirar o berú do vorno, borgue na bribeira dendadiiiva dãão deeeeeuuu.Begar o berú que gaiu no jão, e enjugá-lo gom o bano e gologá-lo duba pandeja ou gualguer outra coisa, bois, avinal, vozê nem gossssta buito de berú. Bronto!"


Cá em casa, a Ceia é com bacalhau... Sempre...

Mi encanta el "Parque Infantil"

Como nos encantam os parques... Como nos divertimos com algo que já as crianças abandonaram... pelo menos àquela hora da noite =P
Encontrámo-nos para um programa que passava por rever a árvore sumptuosa da Praça do Comércio. Descemos a Avenida da Liberdade em ambiente divertido e (ad)mirámos as decorações deste ano. Junto à árvore nos sentimos pequenos, nos abraçámos, nos fotografámos e rumamos a Belém, não para ver o Menino (que ainda hoje é antevéspera) mas para nos tornarmos meninos. Meninos, crianças, pueris... e, nas brincadeiras, que fizémos nos sentimos jovens maiucos entregues ao parque em Belém.













Tal como acontece com as crianças, nem sempre as brincadeiras são bem conduzidas... e também elas se "zangam". E nós? Zangamo-nos por isso?? Não! Sorrimos e pensamos que um dia a brincadeira vai ser universal e todos os risos e gargalhares vão soar a um só. E não mais nos vamos magoar, e vamos para sempre dar as mãos. Porque nas correrias de crianças, no jogo do toca-e-foge ou das escondidas, às vezes, podemos correr e não sabemos por onde pômos os pés, podemos tocar e empurrar com mais força do que queríamos tocar ou ser tocados, e depois fugir, e podemos jogar a um jogo eterno de esconde-esconde. Quem me dera a mim que no final de cada jogo pudesse ouvir aquele riso sincero e pueril de uma criança que não magoa (ou não sabe que o faz, ou se o faz, não chega a magoar porque é de criança...) e só brinca! E por isso, e só com isso se torna tudo puro, outra vez...

[A noite começou com um jantar com a amiga *Mary* - não me esquecerei, gosto muito de conversar contigo - e terminou com um filme em casa do Tó - mau filme mas que tem uma história de amor pelo meio... quem diria, no meio daquela balbúrdia!!
"Mas o que interessa é sermos amigos..."
Houve também direito a estrelas anti-stress para as meninas e recebi um presente muito especial que guardarei como mensagem para este Natal e para um esperançoso ano que se avizinha!!]

Frio quentinho com cheiro a castanhas do alto de um pinheiro gigante!

Depois do jantar de Natal, e de todos os bons sentimentos que passaram (e ficaram) por mim, começava a render-me aos enfeites, às luzes, às prendas, aos programas especiais, às encomendas dos fritos (um ou dois só para provar), ao bolo-rei, às couves-portuguesa cujo preço quadriplica...
O que se passou iniciou o meu Natal. Estava a acontecer...
Pude assim sentir a magia! Celebrei, contra todos os narizes torcidos pelos quais passei, a chegada do Inverno! E celebrei a sério... esperei pelas 18h33min para começar a saltar e a anunciar o Inverno. Acho que irritei algumas pessoas no local onde trabalho... e para os que me diziam que o Inverno traz a chuva e o frio, eu respondi que também traz a Primavera!!... É só esperar... e saber esperar é uma das mais infinitas sabedorias humanas. Algo que se aprende e que podemos controlar. É preciso respirar fundo!...
E ainda que a ponta dos nossos narizes estejam sempre geladas ou comecem a ficar húmidas, bem como as pontas dos dedos, é infinitamente bom encontrar um abraço mais quente e umas mãos amigas que nos acolhem. Sentir que o frio que nos faz andar mais contraídos não pode entrar nos nossos corações se descontraírmos os músculos e confiarmos no sobretudo. O mesmo sobretudo que por vezes não nos deixa ter grandes movimentos de braços para nos agarramos num repentino puxão no metro... No metro, onde todas os olhares se cruzam e descruzam, todas as pessoas que toco sem querer tocar, toda a pressa que levo comigo, sem pressa pois a pessoa que espera é amiga e aguarda-me com um sorriso meigo, quase infantil. Claro, que cheguei em segundo lugar, que no caso representa o último, e no início das escadas, quando espreitei por entre os corpos enchouriçados, olhei e vi lá no cimo a Necas querida com um casaco mais fino que o meu, e com o gorro posto. Devia estar cheia de frio... Mas o abraço foi quente.
“-Desculpa! Estavas há muito à espera?”...
Descemos a “rua d’ A Brasileira”, e logo nos deparámos com o Natal.
Pelo menos, o das cidades. Arcos com luzes liláses que nos iluminavam os olhos, a música condizente com a época, as pessoas que mais uma vez se cruzavam e tentavam não se chocar com os sacos de prendas. Umas compradas com todo o esforço, imaginação e dedicação, e outras prendas do "tem que ser" e do “ai, é só uma gracinha”. Ficámos logo encantadas com toda aquela ambiência... Fui eu que sugeri irmos até à baixa “ver as luzes”. A Inês ficou agradada e lá estávamos nós a desviarmo-nos das centenas de pessoas que eu pensei que não estivessem naquele frio. Ali estávamos a cumprir o nosso lanchinho antes da partida, de novo, para o Brasil. Falámos banalidades, daquelas que só não são banais por serem com amigos. Daquelas que sabem bem, que nos mostram que meses de afastamento reduzem-se a um pequeno nada. Uma interrupção que não parecia ter existido nas conversas.
Dizia-me a Inês que lhe custou ter passado o São Martinho sem castanhas e eu confessei-lhe que ainda não tinha comido castanhas de rua. Não era tarde, nem cedo. Uma rodada paga pela Necas =P
Aquele cheirinho (não estavam propriamente quentes!!), o frio, as bancas de solidariedade, de instituições das quais nunca ouvimos falar, as abordagens de rua por grupos de Pai-Natal organizados (mas não era só um??), os Índios vindos de um local cuja música natalícia não consta. Tentavam ganhar alguns trocos e vender Cd's quando a Inês pergunta se não me fazia lembrar nada, nem ninguém. Como não?? Rimo-nos e começámos bem alto a fazer concorrência «Eia maheá, mháeiaá oh, mahéia eh ah mahooo...» (Como escrevê-lo?)
Conversávamos de forma aparentemente distraída, mas ambas esperávamos mas também tardávamos a surpresa para lá da Rua Augusta... Não tivémos pressa de lá chegar... esperámos para que nos aparecesse à frente... “BRUTAL!” Rimo-nos mais um bocado e foi ao dar a volta à praça do Comércio que o Natal voltou a fazer-se sentir. Sentimo-lo dentro de nós a acontecer. E foi tão bonito! A música tão alegre e tão natalícia, os cheiros, o frio, as luzes, a árvore, o encanto de quem tirava fotos (a Inês ainda conseguiu aparecer nas recordações de outra família LOL)... Abraçámo-nos felizes e trocámos uns GMT... voltámos a fazer concorrência aos senhores das penas na cabeça...
Andámos por mais umas ruas até ao metro, deliciadas por termos ido visitar aquela Lisboa... Até que nos enfiámos no Colombo =P e apesar de necessário fez-nos ficar indiferentes aos enfeites natalícios daquele local... nao é justo, eu sei, mas o Natal foi mesmo estar com ela. Obrigada Inês! Gostei assim muuuuuuiiito.
*** Bom Brasil***

18h33 “ –Olá, Inverno Poeta!”

Chegou Inverno... “Olá, Inverno!”
Para o frio, o peso dos cobertores, para a chuva, uma vidraça a separar-nos...
Para os que estão (são) Sós, mais um Inverno para juntarem ao Inferno da solidão. Para os que vivem as pessoas, mais um abraço quente.
Para os que praguejam, um Inverno rigoroso, para os que rejubilam, uma espera festiva pela Primavera. As flores, o sol quentinho, os sorrisos... podem ser todo o ano!
Inverno para os poetas intelectuais, ou para os rigorosos poetas (como o Inverno!); Primavera dos românticos poetas, ou pseudo-poetas, ou poetas que sabem ser poetas e fazer de cada dia de Inverno uma Primavera de sentimentos floridos e esperançosos. Que sabem ouvir o cantar dos pássaros no som da chuva, que chove miúda... acima das nossas cabeças. Poeta que pensa escrever um hino de Natal, mas só consegue lembrar-se do Inv(f)erno dos sem-abrigo, e se deprime e se anula... em vez de ir “fazer sol” e distribuir sorrisos... Quando não há nada mais para/por oferecer senão nós próprios...

« Às portas do Natal, um menino perguntou à sua mãe:
- O Pai-Natal existe mesmo?
Como ele já estava no 6º ano, a mãe achou que ele estava preparado para lhe contar a verdade, e foi o que fez. Mais tarde, à hora de dormir, perguntou-lhe como ele se sentia.
- Estou triste - respondeu o pequeno rapaz com as lágrimas a cairem - mas feliz por saber a verdade. Se não soubesse e um dia tivesse filhos, eles não teriam prendas.»

in, SRD

E fizémos Natal acontecer...

Este ano o espírito natalício custou a chegar! Se calhar porque eu mesma não o estava a receber. Mas foi hoje! No dia da ceia de Natal com os 3Nós é que senti que se fez Natal.
Começamos o dia na habitual catequese ao Sábado. Desta feita, a Sónia e eu optámos por fazer a visita à Basílica da Estrela para conhecermos e darmos a conhecer o famoso presépio de Machado Castro.
Depois, e na correria habitual, fomos animar a missa dos meninos de Caneças que estavam excitadíssimos porque muitos deles iam passar aquele Natal com os pais ou familiares! Foi uma celebração simples e comovente que me fez então começar a repensar o Natal e a pedir a Deus que me enchesse do nascimento do Menino e que me renovasse o coração. Senti-me muito feliz na altura, por estar rodeada de grandes amigos e por aquelas crianças, mas ao mesmo tempo desgostosa com todas aquelas vezes em que perdemos tempo demais a lamentarmo-nos e a sermos tão mesquinhos uns para os outros!! Gostei mais uma vez da "Experiência-Caneças". Obrigada Crianças...
Depois o jantar...
A sala não era a prevista mas acabou por se tornar bem acolhedora e logo 3nós a enfeitámos ao nosso gosto e sensibilidade. Estávamos muito animados e a sentir o espírito a apoderar-se de nós. Tentámos ao máximo, e porque este ano foram nossos convidados, integrar o outro grupo de jovens na nossa dinâmica e partilha, e por momentos passámos em revista, através das fotos e dos vídeos, todo este ano que foi tão magnífico, tão cheio, tão gratificante... e tantos outros adjectivos de que me vou apercebendo à medida que analiso estes últimos meses.
Mas para mim, esta Ceia, tinha guardado um momento especial que andava a preparar há semanas. Um momento que preparei para o meu amigo "pouco secreto".
Quando me calhou o nome do Tó, tive logo vontade de fazer algo do género, mas não sabia como lá chegar. A ideia era mostrar-lhe aquilo que eu via nele e sei que vejo desde que nos conhecemos. É claro que muito foi sendo transmitido ao longo destes meses, mas é como se eu já soubesse que por trás do rapaz giro estava uma sensibilidade e uma profundidade que me comovem e principalmente cativam! E hoje, sou muito feliz por ter contactado com este ser, com esta personalidade, com este amigo.
És lindo e sei que vais vencer sempre! Por ti, combato todos os mauzões interiores. Por ti, sorrirei sempre, pois tu mereces que eu o faça. Por ti, serei forte! Por ti, continuarei a acreditar no "Principezinho". Por ti, direi "cagarras" sempre que quiseres. Por ti, dar-te-ei mimos sempre que precisares. Eu sei que és forte e que tens um valor inestimável, my beautiful one!
«Vales mais que todos os passarinhos». Nunca me esquecerei desta frase e de como a sua simplicidade me transmite o tanto que és! Cativas-me cada vez mais!

I see the fear in the things we don't understand
I see the fear in another blind man
I can't hold back this fight that stills inside
I can't hold back who i am

I know you're strong
I know you belong
I know you are strong
My beautiful one

I know you're strong
I know you belong
I know you are strong
My beautiful one

I can't turn away from what i believe
I can't destroy or deceive oh no oh no
I know a beauty in all that i can see
I can't hold on but you can't release

I know you're strong
I know you belong
I know you are strong
My beautiful one

I know you're strong
I know you belong
I know you are strong
My beautiful one

Cause they can't hold you
And they can't hold me
And they can't hold on
To what they can't believe

Cause they can't hold you
And they can't hold me
And they can't hold on
To what they can't believe

I know you're strong
My beautiful one
I know you're strong
I know you belong

I know you're strong
My beautiful one
I know you're strong
I know you belong

I know you're strong
My beautiful one
(Strong, Reamonn) (não consigo ouvi-la sem me lembrar de ti =P)

Foi a prenda a que me dediquei mais em toda a minha vida... e foi tão bom, tão bem empregue! Há momentos que valem por toda uma vida, segundos que nos fazem levitar e ficar assim como fiquei. Que se prolongou para o dia seguinte em que me achei sorridente e feliz com toda a gente com quem contactei. É nisto que me fazes querer ser melhor!
Sei agora que gostaste do filme e que não tenho de estar insegura quanto a isso. A tua reacção o mostrou. E foi única! O tesouro que te dei (na malinha do tesouro) és tu mesmo! Nunca te esqueças disso!!
Obrigada pelos mimos que trocámos no "day after"... gosto de ti daqui até ao Piquinho... e voltar... e ir... e voltar... e ir... e voltar... e ir... e voltar................................................

I can't take my eyes of you... ACREDITA!
Beijos Mil
Feliz Natal!

[Obrigada, Sónia pela cumplicidade e ajuda no filme =) Mais uma vez o VR1 lá me presenteou. Neste dia, duplamente. Obrigada pelo prémio de melhor blog revelação ;)
A noite acabou numa rua animada, por nós! ("olha ali, estão a filmar-nos... a sério, olha agora!" =P), cheios de vontade de não nos separarmos!! NÓS SOMOS QUATRO... PIIIIIIUUUUUUUUUUU!!!]

Fim de Curso, mas não do PerCurso!

Hoje é um momento de festa! Bem a propósito da quadra...
Um presente que chegou mais cedo!

Rita! Depois de tanto esforço, dedicação, suor e lágrimas, esta etapa chega ao fim! Felicito-te pela tua conquista e acredita que as vitórias dos meus amigos são também importantes para as minhas.
Obrigada por teres partilhado comigo os primeiros segundos de licenciada =P, obrigada pela tua consideração e amizade já tantas vezes demonstrada!
Espero poder acompanhar-te, SEMPRE!

Hoje na terra... nasce o AMOR...

Ontem à noite, bem que nos esforçámos... somos uns meninos, mas não é de Coro!!
Que animação que foi o ensaio...
Maria, é bom cantar contigo, e é bom ensaiarmos via messenger =P!!
«Ésésésés uma naaaaaaba... o o que vale é que eu gosto muito de ti...»

Transporte Público... cruzando constelações =p

Desde ahora mismo y aquí
hacia donde quiera que estés,
parte de mi alma
parte a tu encontro.

Sabes que te llevo dentro mío
igual que yo sé que tu me llevas dentro

Se trata de un leve pulsar
que se abre camino hacia ti
cruzando las estaciones, constelaciones,
los momentos.

Digo que esta vida es llevadera
sólo porque sientes tú
lo qui yo siento.

Donde tu estás
yo tengo el Norte,
y no hay nada como tu amor
como medio de transporte.

En este instante, precisamente,
más canto y más te tengo yo
presente,
más te tengo yo presente.

'Transporte'

Jorge Drexler

ROBE AZUL CÉU

Hoje farias 83 anos...
Sempre que te descrevem, dizem que eras vaidosa... pudera, eras tão bonita!
Lembro-me das línguas de veado, do Bolo Meia-Lua, daquilo com que o Filipe e eu brincávamos. Lembro-me de toda a casa... tão bem!
Lembro-me do teu cheiro e arrepio-me de cada vez que vou dar um beijinho matinal à mãe e o sinto nela. Aí sei que nos vieste visitar...

Quando refilo mais do que devia, chamam-me Alzirita!... Isso são contas que tens que prestar com quem de direito... quando todos formos para ao pé de ti e te abraçarmos num abraço profundo!

Tenho vestido, e visto-o muitas vezes, a última prenda que a mãe te deu, no teu último Natal... e que ainda assim tiveram que ir trocar. Tinham sempre, queixa-se a mãe. E desta vez foi previamente escolhido por ti! Mas quando abriste o presente achaste que afinal não era lilás, mas este azul céu (se calhar para me lembrar onde estás!) que me veste e aquece e que tu praticamente não chegaste a vestir. Aquece-me agora como te devia ter feito a ti... por estes anos todos. Não concebo que tenha seguido o seu propósito sem que tu o visses cumprir.
Mas vês! Vês que ainda me aquece... ou serão todas estas recordações a deixarem-me quentinha?

Já passaram muito mais anos que vivi sem a tua presença do que com ela... e ainda assim, fazes tanta falta!

Beijinho...

[Será que irias ler o meu blog, ou recusar-te-ias a ligar aos computadores? Nem esse confronto com as 'modernices' pudemos assistir... Foi. Foi cedo demais!]

Desapontamento...

Desculpem-me! Mas assim como escrevo os meus sentimentos mais profundos e emotivos, também me exijo escrever acerca das barbaridades que algumas vezes me fazem sorrir, outras chorar, outras ficar incrédula... Sou mesmo assim...

Este desapontamento fez-me ficar assim... VAZIA!
E é um desapontamento que tanto vai no sentido de ter ficado desapontada, como vai no sentido de não servir como apontamento. Ora todos sabemos que os apontamentos, as notas, são coisas importantes que temos de reter... ora é exactamente isto... é um desapontamento, pois é daquelas coisas que não interessa anotar! Mas eu anotei! :S E isso é também um desapontamento para este blog!
Ligo a televisão, hora das notícias da tarde. Um pouco de zaping e...
"Gigante Árvore de Natal de 26m em Alverca"
UOUUUU!!!!
Mudo de canal e...
"Bolo-rei de 200m na Quarteira"
UOUUUU!!!!
Mudo de canal (na esperança sôfrega de encontrar o Pai Natal entalado numa chaminé em Arcos de Valdevez, por exemplo!) e...
UMA EXPOSIÇÃO DE OBRAS DE ARTE, ESCULTURAS, PINTURAS E OUTRAS FEITAS POR CRIANÇAS COM MENOS DE 15 ANOS QUE RETRATAM COM TODA A SUA SENSIBILIDADE ALGUNS DOS MAIS CONHECIDOS POEMAS DE FLORBELA ESPANCA??????????

Mas o que é isto??
Que desilusão, a televisão pública!
O que é que isso interessa, homem? Estamos ou não no Natal? Dá mas é notícias que interessem e instruam o povinho!

Hoje faltei às aulas... também foi um desapontamento... :s

E mais uma vez a Celebração da Vida!
Desta feita, Tiago!

(Esta, sim, é a real selecção de fotos ;P)

Que não dizer? Por onde começar?
Começar por dizer que esta foi a minha primeira montagem de fotos... depois de quase desesperar. Dizer que se este blog existe é porque houve inspiraçao de alguém, é porque houve alguma coisa na minha vida que me fez querer (e crer) (n)este blog! Dizer que este post vai ser dirigido a um tu que não é Tu mas Ti.
Depois de tudo o que temos vivido e brincado e rido e outros tantos particípios que expressam as nossas partilhas, os nossos sorrisos, as nossas lutas e os nossos mimos...
Todas estas fotos acabam por retratar o tudo que já vivemos e o que ainda está prometido. As noites, o lavar de dentes complicado, as subidas, o red bull, o Pico, os aniversários, os momentos em que eu era gozada enquanto cantava com convicção, as ilhas, o ouvir das cagarras, o imitá-las, o aeroporto (e os mimos na minha despedida), o subir de árvores, o terço azul (como o teu mundo), as caretas, o parque infantil, as confissões, as línguas :S, praia à noite, os cachalotes, as compras, os cafés (sem bebermos efectivamente a cafeína), as surpresas, as tampas (;P), os postais, os xis, as palavras, as frases que vão ficar na história, os PIIIIU!, os 'Oh Joana!', o mais recente 'Hum?', os sorrisos cúmplices, o imbirrar, as fitas e birras (de parte a parte, não sou só eu!), o Meco, os beijinhos, os filmes, as mãos, as cavalitas, as rochas, o confiar, as brigas, a ConTi, o TiTu... aimmmm......
Ti! Nós e as nossas conversas agendadas, adiadas, inacabadas. Tão bom que é não terem fim!
Como já tive oportunidade em dizer-te, muita coisa aprendi conTIgo e tens sido uma inspiração em tantos aspectos da minha vida e do meu pensar de Hoje, que é bem diferente de há meia dúzia de meses 'atraz' (=p). Tens sido uma presença confusa... que tanto me acalma e serena como me mantém alerta para mais uma rasteira ou um estalo que possam surgir, ou um tocar de campainha bruto no nariz, ou uma placagem... Guardo também com mais carinho aquilo que alcancei, também sozinha (porque Ti me ajudaste a levantar vôo [para os Açores ;) ], caminhar pelos meus próprios pés e a andar sobre as nuvens! Ai, Pico!) que é o facto de não ter medo. Estar confiante que Deus nos dá o que temos a receber no momento exacto. Que antes do tempo, ainda não é tempo.
São tantas as coisas em tão pouco tempo que partilhámos, conhecemos e vivemos. ConTIgo é fácil sermos alegres, conTigo é fácil bendizermos todos os dias ao som do 'It´s a beautiful day!' dos U2 (que é o que oiço neste momento). ConTIgo é simples sermos simples, conTIgo é bom expressarmos o Amor, conTIgo é bom sermos bons e abraçarmos a Vida! ConTIgo é bom dar-se sem medo! ConTIgo é bom e simples poder simplesmente dizer-te tudo isto, sem problemas, sem receios nem pretensões.
Também TI disse que existem tantas músicas que me fazem lembrar de TI!
A do JPP que me deste a mostrar e que eu só a 'ouvi' mais tarde... (ConTIgo é fácil fazer vídeos e tirar fotos parolas=P), 'Cúmplices' da MV
A noite vem às vezes tão perdida
e quase nada parece bater certo
há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
e tudo que era fundo fica perto

nem sempre o chão da alma é seguro
nem sempre o tempo cura qualquer dor
e o sabor a fim de mar que vem do escuro
é tantas vezes o que resta do calor

se eu fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

trocamos as palavras mais escondidas
e só a noite arranca sem doer
seremos cúmplices o resto da vida
ou talvez só até amanhecer

fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto
olhar onde a distância nunca acalma
esperando o que vier de peito aberto

se eu fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

se eu fosse a tua pele
se tu fosses o meu caminho
se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

É bonita a nossa Cumplicidade e a nossa Amizade.

Estas e tantas outras músicas que me fazem lembrar do meu amigo! Sim, até me ensinaste isso... a olhar para as letras e a abraçar a música portuguesa! E a inspirar-me...

Perguntaram-me muito recentemente se tem sido conTIgo com quem tenho estado mais...
Curioso! Não tinha reparado que deixássemos de estar juntos um só minuto que fosse... :)

Parabéns, Sweet James!

Inconceivable (Leah Andreone)
I know you can't imagine
Angels taking flight
I know you can't imagine
Your darkest hour light

You might think it strange
But I know that you can fly
I know you don't believe
But there's heaven in your eyes

And when you think you're not enough
Just know that I do
Even though it's inconceivable to you

I know you can't imagine
You could heal the blind
I know you can't imagine
You could change my life

You don't seem to see
You're the miracle in me
I know you don't agree
But the world needs you to breathe

And when you think you're not enough
Just know that I do
Even though it's inconceivable to you

I can't imagine why
Your eyes don't make you smile
I can't imagine why
You don't see you're worth my while

And maybe you don't see it now
Still I know it's true
Even though it's inconceivable to you

I know you can't imagine
Standing on the moon
I know you can't imagine
This song's about you

Please don't go away
Take a step, it'd be too far
I'm not overreacting
I just see things as they are

And when you think you're not enough
Just know that I do
Even though it's inconceivable to you!

Acabo por aqui... que já vai longo... mas havia muitas mais, e muito mais por dizer =) Mas quando as palavras não são suficientes, nem justas, fica só o silêncio como forma de contemplação e gratidão!
'Don't stop me now' ;)

Ti não és uma nuvem... elas desaparecem com o vento!
Ti és o próprio Sol!

'You're beautiful'... Agora eu não sei, não?
AT! Upa, Upa se A!

"mÁqUiNaS dE pEnSaMeNtO"

Hoje é um daqueles dias com mais pressa e menos tempo, que conjugados criam em nós um caos interior e uma insatisfação crescente!
Porque nem sempre me sinto inspirada, ou então porque levo tanto tempo a ler e a comentar todos os blogs que quando chego ao "meu" todas as ideias já foram transmitidas. Talvez porque as vivências se partilhem e os momentos acabem por passar, SEM PASSAREM, pois ficam nas nossas recordações e nas nossas pastas partilhadas de fotos e momentos.
E são tantos! A todo o instante, e por isso a angústia de não escrever um dia! Já estarei a falhar numa festa, numa notícia, num encontro? Acabo por não escrever tudo quanto desejaria...
Quando era pequena (mais ainda, por incrível que isso possa parecer!) já sonhava em escrever livros, na altura achando que os meus pensamentos e receios fossem interessar a alguém para a leitura de um livro. Hoje sei que a tendência é mesmo essa, quanto mais próximo do que é intímo e do que deveria ser intransponível ou minimamente resguardado, mais interesse as pessoas têm! Mas como ia dizendo... lembro-me de escrever sobre a vontade e o jeitaço que dariam 'máquinas de pensamento'. Então, a minha vontade em escrever era tão grande, ou a preguiça!, que achava que ficava mais facilitado se os nossos pensamentos passassem automaticamente para o papel (sim, na altura nem sonhava com blogs!). Mas justificava! É que como sabemos o pensamento é mais rápido que a mão e nem sempre conseguimos apanhar aquela palavra, aquele sentimento, aquela ideia... quando damos por nós... lá se foi... escapuliu-se nas nossas barbas!
Tudo isto para escrever um post a dizer que não tenho tido tempo para escrever nenhum =P... enquanto preparo um de grande responsabilidade!...

Olha, e porque a vida por vezes nos traz mais histórias de desencantar do que de encantar (é claro que esta frase é mais para introduzir uma história contada de forma bem ( ou talvez não!) humorada), e também para alertar o Sr. Blogger Ti e VR1 que quando digo "nos traz", é um trazer com z e não um "trás" de atrás de alguma coisa (ok???)... Que fique de uma vez por todas... =P

"Conto de desencantar
Era uma vez uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima, que se deparou com uma rã enquanto contemplava a Natureza e pensava como o lago do seu castelo estava em conformidade com as normas ecológicas. Então a rã pulou-lhe para o colo e disse:
«-Linda princesa, eu já fui um princípe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um feitiço e transformei-me nesta rã. Um beijo teu, no entanto, há-de transformar-me de novo num belo princípe e poderemos casar e constituir residência no teu belo castelo. A minha mãe podia vir morar connosco e tu podias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos, e seríamos felizes para sempre...»
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautées acompanhadas de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando para consigo: «Nem morta!»"

ehehe... vivam os contos infantis!
Viva a auto-estima!

... e depois a bruxa é que era a má! :S

*
Paulo, aqui deixo o repto: o asterisco nada mais é do que um ponto final hippie. =P
******

1 de Dezembro de 2005

Hoje foi um dia de Inverno. Frio, chuva, cinzento...
Hoje foi um dia de Feriado. Significa dia de trabalho para mim, descanso para tantos outros que aproveitam para passear, justificando o meu trabalho =P...
Hoje os jornais voltaram a falar dos valores assombrosos do Sida em Portugal.
Hoje tantas e tantas pessoas apanharam chuva e apareceram-me à frente a pedir uma constipaçãozita... gente grande que já devia ter aprendido que molhar-se daquela maneira é teimosia adolescente por achar antiquado usar umbrella ...
Hoje molhei os pés, porque tive uma teimosia adolescente em não levar botas...
Hoje comi scones e bebi chá de menta (há vantagens em ter ido trabalhar!)...
Hoje observei a minha àrvore de Natal que já está montada (sem presépio, ainda)...
Hoje agradeci ainda não nos termos fartado das coisas velhinhas da nossa árvore e não nos termos rendido às decorações pré-fabricadas, o que torna a nossa árvore tão tradicional... e grande!
Hoje já estive no messenger duas vezes. Conversas comuns.
Hoje ouvi uma música que já não ouvia há muito...
Hoje biliões de pessoas fazem anos :P
Hoje recebi muitos telefonemas no trabalho... pediam-me informações.
Hoje fiz dois telefonemas muito importantes. Para mim...
Foi a oportunidade de reafirmar a minha estima, o meu carinho e admiração. A forma de querer dizer "Hoje celebro contigo a tua Vida!!".
Neste dia que é feriado, um feriado de inverno, um feriado de inverno chuvoso, um feriado de inverno chuvoso em que comi scones e bebi chá, um feriado de inverno chuvoso em que comi scones e bebi chá agradeci e celebrei a Vida de duas amigas:

A da Rita, a quem telefonar é sempre uma troca de mimos! Uma amizade que já conta uns anos. Os que já passaram e os que ainda estão por partilhar. Uma amizade não tão assídua como desejaríamos mas certa! Uma certeza que é partilhada e que nos fortalece! A ambas.
Porque é na certeza desta cumplicidade, deste conforto, desta bem querença que os reencontros são sempre tão sentidos, tão curtos.
Há seis anos atrás gravei uma cassete e ofereci-lhe com uma música que na altura a Rita adorava, alternada com uma mensagem minha. Emocionou-me fazê-la e emocionei quem a recebeu! =) Porque a emoção sentida adivinhava este colo!
E tão bom quando gargalhamos juntas e coradas a recordar os disparates que já fizémos juntas, e a recordar as pessoas que também nos acompanharam. É sempre bom recordar, porque só me deparo com momentos recheados de sorrisos! O meu faz sentido porque o dela também existe! De outra forma não faria sentido. Pensar que ela acha que nunca irá demonstrar o suficiente o quanto me estima... eu sinto-o sempre. E não há duvídas nem dívidas.
"that i would be good..."

A da Marta. Porque foi alguém que tive a oportunidade de conhecer melhor. A sua generosidade e doçura, a forma como me fez sentir em casa nos Açores. A forma como exclama "olá, fofinha!"... aimmm... As conversas debaixo do toldo, os sorrisos, as cumplicidades. As pipocas. O tratar dos arranhões, as lentes... e tantas outras coisas que irei recordar. E ficar eternamente grata. Uma das pessoas de 2005 para mim. =)=)

Hoje, dia de Inverno que finda, dia de Inverno que inicia (2h48a.m.), vou descansar depois de receber uma mensagem de uma grande amiga. Dorme também muito bem, amiga Maria. Também gosto muito de ti! Obrigada!
Hoje, noite fria de Inverno que ainda sobra, vou dormir muito bem. Porque adormeço com o coração aquecido por estas memórias, por estes sorrisos e por estas certezas.

aimmm...