Para que eu tropece um dia nas minhas próprias palavras e possa também fazer-lhes justiça.
"Proponho-te um outro verbo: DESCONSTRUIR.
Porque os sonhos não se destroem! Nunca.Seria desumano e impossível.
Os sonhos desconstroem-se para que os percebamos e para que olhemos para dentro deles. A questão é essa! Habituamos-nos a olhar para "o meu sonho", e vê-lo como uma divisa, um poster, uma marca e... uma limitação. E não é isso que queremos!
Desconstrói, pois então! E principalmente, quando chegares ao teu próprio sonho, à sua origem e essência... arrisca-te a ser! Sê o teu próprio sonho!
Verás que acaba por não custar. Porque como tão bem sabes e vives... é muito bom viver! E aquilo a que chamas custar faz parte!
Claro que para isto é preciso coragem, ânimo (anima, em latim, que quer dizer alma ;)) e desprendimento.
Diz-me agora, amigo meu (que ainda tão pouco conheço mas sei!), faltar-te-á algumas destras três forças?
Beijo!"
Para o André. Para mim.
and love is pain/ Love is these blues that I'm singing again, again, again
quarta-feira, novembro 12, 2008
terça-feira, novembro 11, 2008
S. Martinho
Seria mesquinha...?
Seria mázinha...?
Seria picuinhas...?
Seria má-língua...?
Seria abusada...?
Seria injusta...?
Seria conspirativa...?
Seria tonta...?
Seria intransigente...?
Seria infeliz...?
Seria indelicada...?
Seria mentirosa...?
Seria impaciente...?
[Serei perseguida...?]
... se dissesse que quase apostava (e este quase é meramente inútil :)), que nos papelotes de castanhas, existe uma com bicho, numa proporção de 1/6?
Até parece que os imagino todos contentes a pôr em montes separados e a escolherem uma do monte e o resto das boas... =P
Mas não deixei de as comer... e juro que, pela primeira vez, as ouvi estalar!
É como dizem... :)
Que bom o cheiro, o som, as cores e o sabor de Outono!
Seria mázinha...?
Seria picuinhas...?
Seria má-língua...?
Seria abusada...?
Seria injusta...?
Seria conspirativa...?
Seria tonta...?
Seria intransigente...?
Seria infeliz...?
Seria indelicada...?
Seria mentirosa...?
Seria impaciente...?
[Serei perseguida...?]
... se dissesse que quase apostava (e este quase é meramente inútil :)), que nos papelotes de castanhas, existe uma com bicho, numa proporção de 1/6?
Até parece que os imagino todos contentes a pôr em montes separados e a escolherem uma do monte e o resto das boas... =P
Mas não deixei de as comer... e juro que, pela primeira vez, as ouvi estalar!
É como dizem... :)
Que bom o cheiro, o som, as cores e o sabor de Outono!
segunda-feira, novembro 03, 2008
Estória de Amor (uma entre tantas)
Um mimo enviado por uma amiga que apenas acrescentou ao texto "Joaninha, achei a tua cara!" ou "achei que eras tu" :) e não é que achei... ou pelo menos pensei: queria ter escrito isto!
Acompanhem a história amorosa... se forem capazes!
Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa. Há trinta anos atrás!
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
Fernanda Braga da Cruz
Estarrecida, Margarida! :) Obrigada!
Acompanhem a história amorosa... se forem capazes!
Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa. Há trinta anos atrás!
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
Fernanda Braga da Cruz
Estarrecida, Margarida! :) Obrigada!
sábado, novembro 01, 2008
sexta-feira, outubro 31, 2008
iNqUiEtAçÃo
(este tema de José Mario Branco está aqui por tantos e vários motivos:
1 - Por só agora conhecer o tema original;
2 - Pelo concerto esgotado, hoje, que já não vou ver com o meu pai;
3 - Por me ter apaixonado pelo tema na boca do JPSimões;
4 - Por me ter apaixonado pela pessoa que me mostrou JPSimões;
5 - Pela pessoa que me inquietou mas que foi a responsável por me ter apresentado aquele que me iria apresentar JPSimões;
6 - Por ter sido um tema que me foi recentemente lembrado;
7 - Por não me lembrar se alguma vez o "publiquei" aqui, mas que na verdade pensei muitas vezes em fazê-lo;
8 - E pela razão óbvia)
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
A maior razão será porque na esperança de, com tantas guerras que travei, ainda ir a tempo de fazer as pazes.
Comigo.
1 - Por só agora conhecer o tema original;
2 - Pelo concerto esgotado, hoje, que já não vou ver com o meu pai;
3 - Por me ter apaixonado pelo tema na boca do JPSimões;
4 - Por me ter apaixonado pela pessoa que me mostrou JPSimões;
5 - Pela pessoa que me inquietou mas que foi a responsável por me ter apresentado aquele que me iria apresentar JPSimões;
6 - Por ter sido um tema que me foi recentemente lembrado;
7 - Por não me lembrar se alguma vez o "publiquei" aqui, mas que na verdade pensei muitas vezes em fazê-lo;
8 - E pela razão óbvia)
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Cá dentro inqueitação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda
A maior razão será porque na esperança de, com tantas guerras que travei, ainda ir a tempo de fazer as pazes.
Comigo.
sábado, outubro 25, 2008
sexta-feira, outubro 24, 2008
"Quando achamos que temos todas as respostas, vem a Vida e muda todas as perguntas"
(Luís Fernando Veríssimo)
É lixado...
É lixado...
domingo, outubro 19, 2008
Postal de Madrid (10 Junho de 2008)
"(no envelope) "Tem a ver contigo, não sei...
Joana, é para ti:
A maior empresa do Mundo
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não me esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se num autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter esperança para receber uma crítica, mesmo que seja injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas. Um dia vou construir um castelo.
(Fernando Pessoa)
Só agora encontrei o que te queria dizer. É do Fernando Pessoa, tenho pena que não tenha sido eu, mas era mesmo o que te queria dizer.
Beijinho grande, Margarida"
Este postal nasceu de uma mensagem. Como um sorriso que se propaga. A Margarida deu-me um postal lindo com a imagem de Modigliani (Mulher sentada com vestido azul, 1918). Esta franja... :)
Devolvi-lho!
E pedi-lhe que me escrevesse algo. Porque um postal é para escrever e o mais certo era acabar por escrevê-lo a alguém. Assim não. Parou no destino.
Ficou triste quando lhe disse que já conhecia o texto. E porquê, se antes da hora não é ainda hora? Se só agora o ponho aqui?
Pessoa é uma Pessoa e tanto e escreveu-nos belos textos. Ele e os outros quatro!
Mas desta vez, não fui confirmar o original. Porque para mim, interessa este original (que não deixa de ser, só porque eu o conheço! Tantas vezes gostamos de conhecer algo mais sobre um amigo, mesmo quando já o conhecemos e olhámos antes!), manuscrito pela própria Margarida.
Obrigada!
A propósito da empresa. Gosto muito desta palavra. Faz-me logo lembrar os textos que li ao longo da minha formação e que se referiam a grandes coisas da vida. Como neste texto! A busca de perseguir e ser uma grande empresa. É legítimo. É romântico e necessário! É uma empresa.
Quanto às pedras com que quero construir o castelo... são as pedras construtoras dos meus pilares :) as pedras cravadas em mim que me fortalecem! Amigos!
Este quadro pretendo vê-lo ao vivo em Fevereiro :)
Joana, é para ti:
A maior empresa do Mundo
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não me esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se num autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter esperança para receber uma crítica, mesmo que seja injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas. Um dia vou construir um castelo.
(Fernando Pessoa)
Só agora encontrei o que te queria dizer. É do Fernando Pessoa, tenho pena que não tenha sido eu, mas era mesmo o que te queria dizer.
Beijinho grande, Margarida"
Este postal nasceu de uma mensagem. Como um sorriso que se propaga. A Margarida deu-me um postal lindo com a imagem de Modigliani (Mulher sentada com vestido azul, 1918). Esta franja... :)
Devolvi-lho!
E pedi-lhe que me escrevesse algo. Porque um postal é para escrever e o mais certo era acabar por escrevê-lo a alguém. Assim não. Parou no destino.
Ficou triste quando lhe disse que já conhecia o texto. E porquê, se antes da hora não é ainda hora? Se só agora o ponho aqui?
Pessoa é uma Pessoa e tanto e escreveu-nos belos textos. Ele e os outros quatro!
Mas desta vez, não fui confirmar o original. Porque para mim, interessa este original (que não deixa de ser, só porque eu o conheço! Tantas vezes gostamos de conhecer algo mais sobre um amigo, mesmo quando já o conhecemos e olhámos antes!), manuscrito pela própria Margarida.
Obrigada!
A propósito da empresa. Gosto muito desta palavra. Faz-me logo lembrar os textos que li ao longo da minha formação e que se referiam a grandes coisas da vida. Como neste texto! A busca de perseguir e ser uma grande empresa. É legítimo. É romântico e necessário! É uma empresa.
Quanto às pedras com que quero construir o castelo... são as pedras construtoras dos meus pilares :) as pedras cravadas em mim que me fortalecem! Amigos!
Este quadro pretendo vê-lo ao vivo em Fevereiro :)
segunda-feira, outubro 13, 2008
quinta-feira, outubro 09, 2008
Côxa
A propósito de ter deixado de ser côxa.
A propósito de uma anedota que me faz rir muito (mais pela cumplicidade do que pela piada em si!) e a uma amiga (das grandes! Hoje pequenina!) que faz aniversários! :)
"- Depois levantou-se e andeu!
- Andou, estúpido!
- Andou estúpido durante uns tempos, depois passou-lhe!"
:D
:D
Parabéns, Mari!!
A propósito de uma anedota que me faz rir muito (mais pela cumplicidade do que pela piada em si!) e a uma amiga (das grandes! Hoje pequenina!) que faz aniversários! :)
"- Depois levantou-se e andeu!
- Andou, estúpido!
- Andou estúpido durante uns tempos, depois passou-lhe!"
:D
:D
Parabéns, Mari!!
La ultima noche
Quiero terminar con toda la esperanza que quedó
Hoy voy a arrancar lo que ha quedado en este corazón
Siento que olvidar la última mirada que me dió
puede ahogar por fin el ultimo recuerdo de su voz
Porque he llorado tanto, tanto, tanto que no siento
Mis lágrimas quemándome, ay quemándome en el cuerpo
Ay de mí, que esta maldita luna
borre de mi pecho este dolor
Ay de mí, es la última noche
que voy a sufrir por este amor
Quiero despertar mirando las estrellas otra vez
Hoy van a brillar los cielos que me han visto padecer
Creo que soñar los besos que me ha dado por amor
pueden alcanzar para curar mi pobre corazón
Voy a quedarme solo, solo, solo, solo y vivo
Dejando que se pierda poco a poco en el olvido
Para matarla pronto, pronto,
Para olvidarme todo, todo,
Para quedarme solo, solo y vivo
(Diego Torres)
Hoy voy a arrancar lo que ha quedado en este corazón
Siento que olvidar la última mirada que me dió
puede ahogar por fin el ultimo recuerdo de su voz
Porque he llorado tanto, tanto, tanto que no siento
Mis lágrimas quemándome, ay quemándome en el cuerpo
Ay de mí, que esta maldita luna
borre de mi pecho este dolor
Ay de mí, es la última noche
que voy a sufrir por este amor
Quiero despertar mirando las estrellas otra vez
Hoy van a brillar los cielos que me han visto padecer
Creo que soñar los besos que me ha dado por amor
pueden alcanzar para curar mi pobre corazón
Voy a quedarme solo, solo, solo, solo y vivo
Dejando que se pierda poco a poco en el olvido
Para matarla pronto, pronto,
Para olvidarme todo, todo,
Para quedarme solo, solo y vivo
(Diego Torres)
sábado, outubro 04, 2008
Mestre amigo!
"Devemos aceitar com serenidade as coisas que não podemos modificar, ter coragem para modificar as que podemos e sabedoria para perceber a diferença."
(S. Francisco de Assis)
Beijo a todos os franciscanos que conheço e que estimo, que me têm ensinado com o exemplo, simpatia, afabilidade e sorriso disponível. Em especial: Paulo, Bernardo, Quintã, Bruno, Silvestre, Moisés, Nicolás (e tantos outros).
(S. Francisco de Assis)
Beijo a todos os franciscanos que conheço e que estimo, que me têm ensinado com o exemplo, simpatia, afabilidade e sorriso disponível. Em especial: Paulo, Bernardo, Quintã, Bruno, Silvestre, Moisés, Nicolás (e tantos outros).
quinta-feira, outubro 02, 2008
Está na altura de deixar de ser côxa...
... e nem sequer tenho já o apêndice... mas alguém pensou que isto tivesse que ver comigo? Pffffff...
No link podem ver e ouvir a música e imaginar como eu a dançaria, no volume em que o faria =)
Love Is Noise
The Verve
Will those feet in modern times
Walk on soles that are made in China?
Feel the bright prosaic malls
In the corridors that go on and on and on
Are we blind - can we see?
We are one - incomplete
Are we blind - In the shade
Waiting for lightning - to be saved
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again
Will those feet in modern times
Understand this world's affliction
Recognise the righteous anger
Understand this world's addiction
I was blind - couldn't see
What was here in me
I was blind - insecure
I felt like the road was way too long, yeah
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again
Cause love is noise, love is pain
Love is these blues that you're feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again
Will those feet in modern times
Walk on soles made in China?
Will those feet in modern times
See the bright prosaic malls?
Will those feet in modern times
Recognise the everything up
Will those feet in modern times
Pardon me for my sins
Love is noise
Come on
Há umas semanas, fiz alusão a uma possível mudança de nome do blog para algo que se assemelhasse em sonoridade ao "sabor a fénico". Seria um renascer das cinzas, contrapondo com o sentido desse sabor estranho. Iria ser Fénix. Mas era foleiro... Se ainda ao menos fosse piroso... mas não! Era foleiro... e que cinzas são essas? Deixa-te de cinzas e façamos barulho! :) 'Cause love is noise!
No link podem ver e ouvir a música e imaginar como eu a dançaria, no volume em que o faria =)
Love Is Noise
The Verve
Will those feet in modern times
Walk on soles that are made in China?
Feel the bright prosaic malls
In the corridors that go on and on and on
Are we blind - can we see?
We are one - incomplete
Are we blind - In the shade
Waiting for lightning - to be saved
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again
Will those feet in modern times
Understand this world's affliction
Recognise the righteous anger
Understand this world's addiction
I was blind - couldn't see
What was here in me
I was blind - insecure
I felt like the road was way too long, yeah
Cause love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise and love is pain
Love is these blues that I'm singing again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again
Cause love is noise, love is pain
Love is these blues that you're feeling again
Love is noise, love is pain
Love is these blues that I'm singing again, again, again, again, again, again
Will those feet in modern times
Walk on soles made in China?
Will those feet in modern times
See the bright prosaic malls?
Will those feet in modern times
Recognise the everything up
Will those feet in modern times
Pardon me for my sins
Love is noise
Come on
Há umas semanas, fiz alusão a uma possível mudança de nome do blog para algo que se assemelhasse em sonoridade ao "sabor a fénico". Seria um renascer das cinzas, contrapondo com o sentido desse sabor estranho. Iria ser Fénix. Mas era foleiro... Se ainda ao menos fosse piroso... mas não! Era foleiro... e que cinzas são essas? Deixa-te de cinzas e façamos barulho! :) 'Cause love is noise!
terça-feira, setembro 30, 2008
Escreverei
Escreverei.
Pelo exercício de escrita.
Pelo exercício físico, mental, emocional.
Pelo pedido simples que foi.
Pelo confuso.
Pelo inesperado.
Pelo sorriso.
Pelo bem-bom.
Pelo meu bem.
Pelo seu bem.
Pelo sim e pelo não.
Pelo que acho que sei.
Pelo que tenho a certeza até deixar de a ter.
Pelo resultado.
Pelo processo.
Pelo início.
Pelo fim.
(meninas, não ficaram com vontade de ir à esteticista? É porque leram mal a preposição!!! Ai ai!)
Pelo exercício de escrita.
Pelo exercício físico, mental, emocional.
Pelo pedido simples que foi.
Pelo confuso.
Pelo inesperado.
Pelo sorriso.
Pelo bem-bom.
Pelo meu bem.
Pelo seu bem.
Pelo sim e pelo não.
Pelo que acho que sei.
Pelo que tenho a certeza até deixar de a ter.
Pelo resultado.
Pelo processo.
Pelo início.
Pelo fim.
(meninas, não ficaram com vontade de ir à esteticista? É porque leram mal a preposição!!! Ai ai!)
terça-feira, setembro 23, 2008
MALMEQUER (mais Mariza)
Mal me quer a solidão
Bem me quer a tempestade
Mal me quer a ilusão
Bem me quer a liberdade
Mal me quer a voz vazia
Bem me quer o corpo quente
Mal me quer a alma fria
Bem me quer o sol nascente
Mal me quer a casa escura
Bem me quer o céu aberto
Bem me quer o mar incerto
Mal me quer a terra impura
Mal me quer a solidão
Entre o fogo e a madrugada
Mal me quer ou bem me quer
Muito, pouco, tudo ou nada...
domingo, setembro 21, 2008
Salmonete ou o sabor a fénico
Já alguém comeu peixe com suspeita de sabor a fénico?
Pois, designa-se aquele peixe que, por estar em águas paradas, adquire um sabor estranho... a fénico. Não há muito a dizer. É isto. Não consigo explicar melhor. Estou incapaz de explicar. Ou seja, tenho a sensação que só quem sabe do que falo percebe a explicação. E portanto, pouco ajudei para os outros.
Posso dar uma de cocó e dizer que vem de phaînein, do grego "brilhar", e diz-se de um ácido extraído do alcatrão, também conhecido por fenol ou álcool fénico. Mas é isto, das águas paradas...
Serve para justificar que estou nessa fase. Em águas paradas e com sabor estranho. Sou um salmonete com esse sabor a fénico...
Mas esta reflexão só tem razão de ser porque quero fazer uma chalaça e um trocadilho entre o sabor fénico e aquilo que quero alcançar... e que dará novo nome ao blog... assim eu espero.
Pois, designa-se aquele peixe que, por estar em águas paradas, adquire um sabor estranho... a fénico. Não há muito a dizer. É isto. Não consigo explicar melhor. Estou incapaz de explicar. Ou seja, tenho a sensação que só quem sabe do que falo percebe a explicação. E portanto, pouco ajudei para os outros.
Posso dar uma de cocó e dizer que vem de phaînein, do grego "brilhar", e diz-se de um ácido extraído do alcatrão, também conhecido por fenol ou álcool fénico. Mas é isto, das águas paradas...
Serve para justificar que estou nessa fase. Em águas paradas e com sabor estranho. Sou um salmonete com esse sabor a fénico...
Mas esta reflexão só tem razão de ser porque quero fazer uma chalaça e um trocadilho entre o sabor fénico e aquilo que quero alcançar... e que dará novo nome ao blog... assim eu espero.
sábado, setembro 20, 2008
O passado não é o que está feito,
mas o que palavra alguma fará de novo.
por isso leio sempre no futuro, mas não sei
para que lado do tempo escrevo.
E se soubesse
que arrasto as letras como um caranguejo
diria que só tenho esta mão de palavras.
Soletro os dias em cada coisa que me olha
quando me sinto a vê-la. É tudo.
E não há desculpas para o que faço.
Rosa Alice Branco.
sexta-feira, setembro 19, 2008
quinta-feira, setembro 18, 2008
Meu Fa(r)do meu
Foi com o tempo. E com a educação do ouvido, a percepção da identidade.
Fado.
Gosto de Fado. Mais até dos cantores mais recentes (exclusão para Carlos do Carmo, cuja dicção me foi alertada. Soberbo :)).
Gosto de Mariza e não são novidade as suas qualidades.
Há tantas expressões que gosto e fixo e me marcam... De tantos fados que oiço com gosto e sinto e sofro. Sofrimento bom de cantar, emoção contida, há um dos fados de que mais gosto. Por ser simples. Simples como isto. Existe até uma versão para o filme "Fados" de Carlos Saura em que é cantado em duo com um cigano, Miguel Poveda, tão expressiva quanto emocionante.
Esta que transcrevo é a original de Mariza.
Foi este som que me acompanhou no passeio com o meu pai (antes da apoteose a cantar Deolinda =P).
E mal cheguei a este fado que já tantas vezes ouvi, anotei isto que vos descrevo... afinal, estou farta que as ideias me passem e foi para isto que o caderno laranja me foi oferecido, me acompanha e me "pesa" de forma boa na mala.
Vinha a pensar que às vezes faço da minha vida este fardo pesado. E acho que é um fado. E isto é muito cómico para quem me olha, e até para mim. E enquanto não devido se é fardo ou fado o que quero viver, vou vivendo estas palavras com o sofrimento de que quem carregar este fado como um fardo, ou este fardo como um fado. E isto só e tão magistralmente descreve o meu estado de espírito agora. Quando perceber ou decidir (porque não sei ainda se o que sentimos é decidido, assumido e comprometido por nós), talvez possa distinguir qual é o fado que decidi por mim (que incongruência esta de achar que sou eu que decido o que me está fadado). Ou então continuo com as fadas e fadinhas a fazer-me vítima de um fardo que gosto de carregar.
"Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida
Trago um fado no meu canto
Na minh'alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado"
Com isto me pergunto aquilo que Mariza sabe responder:
Serei fadista ou o próprio fado?
Entretanto tive uma conversa com hummm... isso... rimos de um belo fa(r)do. Terei eu poder de decisão ou segundo... han... chega com uma bela noite de sono? :)
Han-han ;)
Fado.
Gosto de Fado. Mais até dos cantores mais recentes (exclusão para Carlos do Carmo, cuja dicção me foi alertada. Soberbo :)).
Gosto de Mariza e não são novidade as suas qualidades.
Há tantas expressões que gosto e fixo e me marcam... De tantos fados que oiço com gosto e sinto e sofro. Sofrimento bom de cantar, emoção contida, há um dos fados de que mais gosto. Por ser simples. Simples como isto. Existe até uma versão para o filme "Fados" de Carlos Saura em que é cantado em duo com um cigano, Miguel Poveda, tão expressiva quanto emocionante.
Esta que transcrevo é a original de Mariza.
Foi este som que me acompanhou no passeio com o meu pai (antes da apoteose a cantar Deolinda =P).
E mal cheguei a este fado que já tantas vezes ouvi, anotei isto que vos descrevo... afinal, estou farta que as ideias me passem e foi para isto que o caderno laranja me foi oferecido, me acompanha e me "pesa" de forma boa na mala.
Vinha a pensar que às vezes faço da minha vida este fardo pesado. E acho que é um fado. E isto é muito cómico para quem me olha, e até para mim. E enquanto não devido se é fardo ou fado o que quero viver, vou vivendo estas palavras com o sofrimento de que quem carregar este fado como um fardo, ou este fardo como um fado. E isto só e tão magistralmente descreve o meu estado de espírito agora. Quando perceber ou decidir (porque não sei ainda se o que sentimos é decidido, assumido e comprometido por nós), talvez possa distinguir qual é o fado que decidi por mim (que incongruência esta de achar que sou eu que decido o que me está fadado). Ou então continuo com as fadas e fadinhas a fazer-me vítima de um fardo que gosto de carregar.
"Trago um fado no meu canto
Canto a noite até ser dia
Do meu povo trago pranto
No meu canto a Mouraria
Tenho saudades de mim
Do meu amor, mais amado
Eu canto um país sem fim
O mar, a terra, o meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado
De mim só me falto eu
Senhora da minha vida
Do sonho, digo que é meu
E dou por mim já nascida
Trago um fado no meu canto
Na minh'alma vem guardado
Vem por dentro do meu espanto
A procura do meu fado
Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado"
Com isto me pergunto aquilo que Mariza sabe responder:
Serei fadista ou o próprio fado?
Entretanto tive uma conversa com hummm... isso... rimos de um belo fa(r)do. Terei eu poder de decisão ou segundo... han... chega com uma bela noite de sono? :)
Han-han ;)
quarta-feira, setembro 17, 2008
"... entre o sim e o todavia
Este amor desgovernado..."
"Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.
Gritar: quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim..."
(Mariza... vários excertos)
"Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.
Gritar: quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim..."
(Mariza... vários excertos)
terça-feira, setembro 16, 2008
segunda-feira, setembro 15, 2008
Exotismo de expressão
Hoje fui passear com o pai.
A voltinha saloia pelo Oeste. Muitas horas de carro a ouvir fado e a notícia do dia.
Passávamos pelo luxo de tantas moradias e casarões que mais pareciam palacetes. Deste lado o engrandecimento, muitas vezes de uma forma superficial e falsa, do outro lado a pobreza cada vez maior e a sucessiva facilidade em concederem certos desejos momentâneos que serão pagos a um preço demasiado elevado.
Íamos ouvindo as análises que incentivavam à poupança, e depois a voz de todos quantos assistiam e quiseram participar no programa da Antena 1.
É muito bom ouvir as pessoas na rádio. É de rir e de concordar, é de não perceber e comentar por cima. Comentava-se a falência do banco Lehman Brothers, a sua causa e suas consequências. E isto estava ligado com aquilo que tanto eu como o meu pai observávamos. São os tempos e os ciclos e as previsões e as ignorâncias...
Ao mesmo tempo, o nosso ministro dos negócios estrangeiros, Luís Amado, em mais uma lição de diplomacia, comenta a forma como Hugo Chavéz se expressou relativamente à tensão na América Latina. Disse que o presidente Venezuelano era uma figura com algum "exotismo de expressão".
De rir...
Grande dia de sol e de quente que esteve hoje.
Terminámos o dia a comer um belo gelado no sítio em que mais comi gelados na minha infância com o meu pai: Fonte Nova. É místico :)
Podia dizer que foi um dia do... nahhh... não quero que me chamem exótica :D
A voltinha saloia pelo Oeste. Muitas horas de carro a ouvir fado e a notícia do dia.
Passávamos pelo luxo de tantas moradias e casarões que mais pareciam palacetes. Deste lado o engrandecimento, muitas vezes de uma forma superficial e falsa, do outro lado a pobreza cada vez maior e a sucessiva facilidade em concederem certos desejos momentâneos que serão pagos a um preço demasiado elevado.
Íamos ouvindo as análises que incentivavam à poupança, e depois a voz de todos quantos assistiam e quiseram participar no programa da Antena 1.
É muito bom ouvir as pessoas na rádio. É de rir e de concordar, é de não perceber e comentar por cima. Comentava-se a falência do banco Lehman Brothers, a sua causa e suas consequências. E isto estava ligado com aquilo que tanto eu como o meu pai observávamos. São os tempos e os ciclos e as previsões e as ignorâncias...
Ao mesmo tempo, o nosso ministro dos negócios estrangeiros, Luís Amado, em mais uma lição de diplomacia, comenta a forma como Hugo Chavéz se expressou relativamente à tensão na América Latina. Disse que o presidente Venezuelano era uma figura com algum "exotismo de expressão".
De rir...
Grande dia de sol e de quente que esteve hoje.
Terminámos o dia a comer um belo gelado no sítio em que mais comi gelados na minha infância com o meu pai: Fonte Nova. É místico :)
Podia dizer que foi um dia do... nahhh... não quero que me chamem exótica :D
domingo, setembro 14, 2008
Com o que sou
sábado, setembro 13, 2008
Quando Me Sinto Só
(Mariza)
Quando me sinto só,
Como tu me deixaste,
Mais só que um vagabundo
Num banco de jardim
É quando tenho dó,
De mim e por contraste
Eu tenho ódio ao mundo
Que nos separa assim.
Quando me sinto só
Sabe-me a boca a fado
Lamento de quem chora
A sua triste mágoa
Rastejando no pó
Meu coração cansado
Lembra uma velha nora
Morrendo à sede de água.
P'ra que não façam pouco
Procuro não gritar
A quem pergunta minto
Não quero que tenham dó
Num egoísmo louco
Eu chego a desejar
Que sintas o que sinto
Quando me sinto só.
(Mariza)
Quando me sinto só,
Como tu me deixaste,
Mais só que um vagabundo
Num banco de jardim
É quando tenho dó,
De mim e por contraste
Eu tenho ódio ao mundo
Que nos separa assim.
Quando me sinto só
Sabe-me a boca a fado
Lamento de quem chora
A sua triste mágoa
Rastejando no pó
Meu coração cansado
Lembra uma velha nora
Morrendo à sede de água.
P'ra que não façam pouco
Procuro não gritar
A quem pergunta minto
Não quero que tenham dó
Num egoísmo louco
Eu chego a desejar
Que sintas o que sinto
Quando me sinto só.
quinta-feira, setembro 11, 2008
quarta-feira, setembro 10, 2008
Cantigas de amigo
Ó amigo... tão longe e hoje salvaste-me. Ou penso que me salvaste. Ou queria que me tivesses salvo.
Palavras que só tu.
Palavras que só tu.
terça-feira, setembro 09, 2008
Irresponsabilidade
Hoje apeteceu-me escrever. Apetecem-me muitas vezes, mas hoje a fúria faz-me agir. Tenho de começar a agir por Amor, por Alegria e não por fúria. Fúria num sentido não de raiva ou algo altamente negativo. Só qb.
Há características muito destrutivas e que me irritam profundamente. Gosto de defeitos. E tenho consciência que consigo gostar muito de pessoas com defeitos.
Mas há dois... Irritam-me tão profundamente que vão ao encontro do meu Ideal que espelhei no nome que inicialmente dei a este blog. Nome que na altura achei de grande responsabilidade. E agora cai-me em cima. Cai-me em cima, como se tivesse chamado a um filho de Bosta Azul ou Coxo Apêndice e achar que ia ficar impune, que na escola nunca o iam gozar... por isso é de responsabilidade a atribuição de um nome.
Mas estava eu a falar dos defeitos que me irritam: a Irresponsabilidade pelo que se cativa e a Auto-vitimização.
Até aqui, nada de espantoso.
Até que percebo que eu sou assim. E todo este post vem provar isto mesmo. Vem assinar isto. Não escrevo posts bonitos sempre, e agora quase nunca.
Está assumido! Auto-vitimização no seu máximo esplendor.
Aplausos, por favor!
Sou irresponsável por aquilo que cativo. E ainda me acho vítima... é muito para que uma pessoa como eu possa suportar.
E como sou irresponsável por aquilo que cativo, ao menos coerente tenho de ser. Não posso apregoar uma bonita verdade, se não a cumpro.
Porque como alguém me disse (e não era preciso dizê-lo, mas como tenho desaprendido algumas coisas, nunca se sabe), "a coerência é aquilo que faz as pessoas mais bonitas. Dá solidez à vida, torna-nos grandes pessoas. Velhotes com histórias bonitas para contar".
E se pequei pelo resto, nisto escapo-me e sou coerente. É por isso que a partir de hoje o meu blog deixa de se chamar algo que invoque a responsabilidade pelo outro e pelos nossos actos. Por coerência.
Por coerência.
Há características muito destrutivas e que me irritam profundamente. Gosto de defeitos. E tenho consciência que consigo gostar muito de pessoas com defeitos.
Mas há dois... Irritam-me tão profundamente que vão ao encontro do meu Ideal que espelhei no nome que inicialmente dei a este blog. Nome que na altura achei de grande responsabilidade. E agora cai-me em cima. Cai-me em cima, como se tivesse chamado a um filho de Bosta Azul ou Coxo Apêndice e achar que ia ficar impune, que na escola nunca o iam gozar... por isso é de responsabilidade a atribuição de um nome.
Mas estava eu a falar dos defeitos que me irritam: a Irresponsabilidade pelo que se cativa e a Auto-vitimização.
Até aqui, nada de espantoso.
Até que percebo que eu sou assim. E todo este post vem provar isto mesmo. Vem assinar isto. Não escrevo posts bonitos sempre, e agora quase nunca.
Está assumido! Auto-vitimização no seu máximo esplendor.
Aplausos, por favor!
Sou irresponsável por aquilo que cativo. E ainda me acho vítima... é muito para que uma pessoa como eu possa suportar.
E como sou irresponsável por aquilo que cativo, ao menos coerente tenho de ser. Não posso apregoar uma bonita verdade, se não a cumpro.
Porque como alguém me disse (e não era preciso dizê-lo, mas como tenho desaprendido algumas coisas, nunca se sabe), "a coerência é aquilo que faz as pessoas mais bonitas. Dá solidez à vida, torna-nos grandes pessoas. Velhotes com histórias bonitas para contar".
E se pequei pelo resto, nisto escapo-me e sou coerente. É por isso que a partir de hoje o meu blog deixa de se chamar algo que invoque a responsabilidade pelo outro e pelos nossos actos. Por coerência.
Por coerência.
terça-feira, agosto 19, 2008
sexta-feira, agosto 15, 2008
Para quem ainda espero e não quero e não sou eu
Não vem ao caso dizer quanto te amo
aperto o sol no peito e não és tu
que noite nos meus braços se te chamo
que vestido de sombra em corpo nu.
Não vem ao caso dizer que sinto frio
se amanheço ao teu lado e tu não estás
e escrevo um poema que ninguém ouviu
com as palavras que não sou capaz.
Não vem ao caso dizer que ainda te espero
como quem espera um filho que morreu
digo que te desejo e não te quero
digo que não te quero e não sou eu.
António Lobo Antunes, Letrinhas de Cantigas (poemas seleccionados)
segunda-feira, agosto 11, 2008
Para a gente que não me deixa sentir sozinha :)
Disse-te adeus à partida
digo-te adeus à chegada
se quero tudo na vida
já de ti não quero nada.
Disse-te adeus e depois
fiquei no mesmo lugar
o leito de nós os dois
só tem raízes no mar.
Dizer adeus é de diferente
quando to digo baixinho
no meio de tanta gente
é que me sinto sozinho.
António Lobo Antunes, Letrinhas de cantigas (poemas seleccionados)
sexta-feira, agosto 08, 2008
Para aqueles que sentem a poesia
E se eu não te amar mais me
caia o mar nos ombros
me caia
este silêncio pelos ossos dentro.
Me segue os olhos esta sombra
me cerre
esta noite num escuro mais profundo
do que a chuva de ti de mãos tão leves.
A figueira do teu sangue se emudeça
de pássaros à espera dos teus passos
de outra voz por sobre a minha
morta.
E as ruas do teu corpo eu desaprenda
como desaprendi os dedos que me tocam
e se eu não te amar mais me caia a casa
de costa no teu peito como o vento.
António Lobo Antunes, Letrinhas de cantigas (poemas seleccionados)
caia o mar nos ombros
me caia
este silêncio pelos ossos dentro.
Me segue os olhos esta sombra
me cerre
esta noite num escuro mais profundo
do que a chuva de ti de mãos tão leves.
A figueira do teu sangue se emudeça
de pássaros à espera dos teus passos
de outra voz por sobre a minha
morta.
E as ruas do teu corpo eu desaprenda
como desaprendi os dedos que me tocam
e se eu não te amar mais me caia a casa
de costa no teu peito como o vento.
António Lobo Antunes, Letrinhas de cantigas (poemas seleccionados)
quinta-feira, agosto 07, 2008
Tears dry on their own
He walks away
the sun goes down,
He takes the day but I’m grown
And in your grey
In this blue shade
My tears dry on their own.
the sun goes down,
He takes the day but I’m grown
And in your grey
In this blue shade
My tears dry on their own.
quarta-feira, julho 30, 2008
Fui visitar os meus avós. Trago sempre pormenores, curiosas palavras que contrastam com a rudeza das peles e da vida.
O meu avô pergunta (sempre de sorriso largo e surpreso trato):
-Então, Janiiita! Como vai a viola?
De repente fez-se luz. Eu nunca percebi nada de música... talvez eu não saiba tocar a minha viola...
Palavras sábias...
-Tudo na mesma, Vô. (aos berros)
Mas não. Nunca está tudo na mesma...
O meu avô pergunta (sempre de sorriso largo e surpreso trato):
-Então, Janiiita! Como vai a viola?
De repente fez-se luz. Eu nunca percebi nada de música... talvez eu não saiba tocar a minha viola...
Palavras sábias...
-Tudo na mesma, Vô. (aos berros)
Mas não. Nunca está tudo na mesma...
terça-feira, julho 01, 2008
sexta-feira, junho 06, 2008
Filósofos de rua...
"Se te tornares demasiado bom a sobreviver arriscas-te a esquecer porque o fazes"
domingo, maio 25, 2008
Há amores assim (clicar no título)
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Je tÂ’aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim
Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Je tÂ’aime je tÂ’adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo
Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar
Je tÂ’aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim
Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida
quinta-feira, maio 01, 2008
Feriado - The 1st
... e porque neste dia é dia de manifestações, reinvidicações e canções e outras coisas acabadas em ões como balões, sifões e mandriões, aqui deixo aquele que para mim será certamente o CD português de 2008. Apresento-vos Deolinda. Pequenas crónicas de humor refinado, crítica mordaz, caricato delicioso. Somos nós, portugueses. Fomos e ainda somos e ai de nós! se assim deixarmos de o ser.
Sem canções tristes, sem guitarra clássica, sem vestido preto, sendo Fado sem ser.
Aquele que é (palavras de Ana Bacalhau, voz) o "próximo hino Nacional" por mostrar tão bem o nosso espírito portuguesinho e portuguesão!
MOVIMENTO PERPÉTUO ASSOCIATIVO
Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!
Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar.
Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!
Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica
E eu tenho mais que fazer...
Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!
Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...
Espero já lá estar, quando chegarem... para vos receber ;)
Sem canções tristes, sem guitarra clássica, sem vestido preto, sendo Fado sem ser.
Aquele que é (palavras de Ana Bacalhau, voz) o "próximo hino Nacional" por mostrar tão bem o nosso espírito portuguesinho e portuguesão!
MOVIMENTO PERPÉTUO ASSOCIATIVO
Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!
Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar.
Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!
Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica
E eu tenho mais que fazer...
Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!
Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...
Espero já lá estar, quando chegarem... para vos receber ;)
sábado, abril 26, 2008
letra falsa amiga sentida
É só isso Não tem mais jeito Acabou, Boa sorte Não tenho o que dizer São só palavras E o que eu sinto não mudará Tudo o que quer me dar É demais, é pesado Não há paz Tudo o que quer de mim Irreais Expectativas desleais That's it There is no way It's over Good luck I have nothing left to say It's only words And what l feel Won't change Tudo o que quer me dar (Everything you want to give me) É demais (It too much) É pesado (It's too heavy) Não há paz (There's no peace) Tudo o que quer de mim (All you want from me) Irreais (Isn´t real)Expectativas (Expectations) Desleais Mesmo, se segure Quero que se cure Dessa pessoa que o aconselha Há um desencontro Veja por esse ponto Há tantas pessoas especiais Now even if you hold yourself I want you to get cured From this person Who advises you There is a disconnection See through this point of view There are so many special people in the world So many special people in the world... in the world All you want all you want Now we're falling (falling), falling (falling) into the night (into the night), Falling (falling), falling (falling) into the night (bom encontro é de dois), Now we're falling (falling), falling (falling) into the night (into the night), Falling (falling), falling (falling) into the night.
Cavalgando... ó cavalos confusos e salteadores... onde estão vocês de volta no meu coração?
Cavalgando... ó cavalos confusos e salteadores... onde estão vocês de volta no meu coração?
sexta-feira, abril 25, 2008
Tomo a liberdade de nada escrever pelo meu punho
"Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem."
- Sartre
- Sartre
"O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada."
- Jean-Jacques Rousseau
- Jean-Jacques Rousseau
"E conhecereis a Verdade e essa vos libertará"
- Jesus Cristo
- Jesus Cristo
"O homem está condenado a ser livre."
- Sartre
- Sartre
"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."
- Cecília Meireles
"A cada instante temos a liberdade de escolher, e toda escolha determina o sentido de nossas vidas."
- Olivia Hoblitzelles
"De nada adianta a liberdade, se não temos a liberdade de errar
"Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência."
- Liev Tolstói
- Liev Tolstói
"Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela."
- Bernard Shaw
- Bernard Shaw
"A mais alta forma de liberdade traz consigo a maior medida de disciplina e humildade."
- Gandhi
- Gandhi
"A liberdade é difícil de se alcançar, mas o que fazer com a liberdade é muito mais difícil."
- André Gide
- André Gide
"A liberdade começa onde acaba a ignorância."
- Victor Hugo
- Victor Hugo
"O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros."
- Rousseau
- Rousseau
"A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão."
- Massimo Bontempelli
- Massimo Bontempelli
"Não tem liberdade quem não tem sede dela."
- Rafael Alberti
"A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras."
- Carlos Drummond de Andrade
- Rafael Alberti
"A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras."
- Carlos Drummond de Andrade
"O único meio de criar homens livres é educá-los, outro modo ainda não se inventou, e com certeza nunca se inventará."Olavo Bilac
"É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida, mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe liberdade."
- Victor Hugo
- Victor Hugo
... é como um cavalo que corre...
segunda-feira, abril 21, 2008
Vertigem copiada
Palavras que reli(a) tantas vezes... que me escapavam e sempre vivi no medo de me escaparem. Porque gosto de palavras, de as tratar bem, de não me parecerem (nem de longe) difusas. Porque, não (a mim!), podem (a)parecer. Se parecem, escondo-as em mim, resguardo para que um dia o sentido sobressaia, para que, não percebendo à primeira, possa debruçar-me melhor, ler por partes, por fragmentos, (como tantas vezes li assim as mensagens), por ideias e aquelas que julgo ter e concordar e que afinal nunca sequer passaram no meu mundinho... Mundão. Nesta vertigem que me foi apresentada, uma espiral em que entrava e sonhava e que muitas vezes me punha sem sentido e até estonteada. Nunca percebi tal estonteamento. Percebo agora. Nunca foi mau... talvez eu não tenha percebido bem. Talvez nem valha a pena pensar nisso. Talvez agora chegue de talvez que me atrofiam, bloqueiam. Talvez seja só eu que me bloqueie. Sou sim.
Palavras tantas descuidei. Por não as usar, por as usar mal, por (as) usarem por mim.
Hoje sento-me aqui, invariavelmente sem imaginação, com tantas palavras que quero despejar para acompanhar todos os dias, os dias-sim, dias-não, porque me faz chegar mais perto de mim, porque me distancia de mim,porque me confunde e esclarece, porque quero acreditar que despejando a confusão para fora ela não se mantém cá dentro!
Ah, vã ilusão!...
"O que difere algo deliberado de algo circunstancial, é que este é um pleonasmo. Pois tudo é uma circunstância, mesmo o que se sente. (eu diria, principalmente o que se sente, JV) São as condições da possibilidade (as possibilidades perigosas de que nos tornamos dependentes), o algo conjuntural e o seu algo voluntário (a conjuntura que tornámos voluntária, o tornarmo-nos voluntários da própria conjuntura), que tornam o possível em existente. E é esta a liberdade que possuímos, irredutivelmente, que nos faz pensar que temos uma riqueza concreta e individual (e que aliada a essa riqueza que tem de ser liberta, concreta individual, pasme-se! tem de ser ainda responsável, eticamente aceite, muito satisfatória, de luta constante) que podemos mudar as coisas e que o ir sendo não deve perder-se na trituração do quotidiano (oh, mas que medo me assola a este respeito. Sabe-lo bem! A mediania, o ir-indo. E depois o querer ser simples nesta complicada normalidade). Mas antes com instantes-limite, por pequenos fenómenos da vida alheios à normalidade (a busca que sufoca, por vezes...) A responsabilidade de sermos livres traz a angústia da decisão, porém é ela que nos fosforece para a cognoscibilidade de que existimos (e é esse o meu consolo e o meu suspiro último, o descanso do guerreiro e derradeiro optimismo). A cada instante, decidimos. A cada instante, vivemos. Tudo é circunstância e tudo nesse "tudo" é transformável. Se o mundo é absurdo, a única ordem é a nossa liberdade ("é preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança" Nietzche) e, com ela, a existência despojada de culpas circunstanciais (falta-me este último fragmento. Interiorizá-lo, pois então!), pois:"Só por distracção ou imbecilidade ou por crime se não vê ou não deixa ver que ao mesmo homem impende a tarefa ingente e grandiosa de se restabelecer em harmonia ao mundo, para que em harmonia a sua vida lucidamente se realize desde o nascer até ao morrer" Virgílio Ferreira, dedicado a ele e à vida." in Triângulo Vertiginoso, by JCV
Obrigada por me teres dado a (re)conhecer esse autor tão deprimente como se tornam todos aqueles que o acham, como se torna aos meus olhos todo aquele que não o compreende (ai, a minha malícia :))
Já foi em Out 2006: assustadoramente :*
Palavras tantas descuidei. Por não as usar, por as usar mal, por (as) usarem por mim.
Hoje sento-me aqui, invariavelmente sem imaginação, com tantas palavras que quero despejar para acompanhar todos os dias, os dias-sim, dias-não, porque me faz chegar mais perto de mim, porque me distancia de mim,porque me confunde e esclarece, porque quero acreditar que despejando a confusão para fora ela não se mantém cá dentro!
Ah, vã ilusão!...
"O que difere algo deliberado de algo circunstancial, é que este é um pleonasmo. Pois tudo é uma circunstância, mesmo o que se sente. (eu diria, principalmente o que se sente, JV) São as condições da possibilidade (as possibilidades perigosas de que nos tornamos dependentes), o algo conjuntural e o seu algo voluntário (a conjuntura que tornámos voluntária, o tornarmo-nos voluntários da própria conjuntura), que tornam o possível em existente. E é esta a liberdade que possuímos, irredutivelmente, que nos faz pensar que temos uma riqueza concreta e individual (e que aliada a essa riqueza que tem de ser liberta, concreta individual, pasme-se! tem de ser ainda responsável, eticamente aceite, muito satisfatória, de luta constante) que podemos mudar as coisas e que o ir sendo não deve perder-se na trituração do quotidiano (oh, mas que medo me assola a este respeito. Sabe-lo bem! A mediania, o ir-indo. E depois o querer ser simples nesta complicada normalidade). Mas antes com instantes-limite, por pequenos fenómenos da vida alheios à normalidade (a busca que sufoca, por vezes...) A responsabilidade de sermos livres traz a angústia da decisão, porém é ela que nos fosforece para a cognoscibilidade de que existimos (e é esse o meu consolo e o meu suspiro último, o descanso do guerreiro e derradeiro optimismo). A cada instante, decidimos. A cada instante, vivemos. Tudo é circunstância e tudo nesse "tudo" é transformável. Se o mundo é absurdo, a única ordem é a nossa liberdade ("é preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança" Nietzche) e, com ela, a existência despojada de culpas circunstanciais (falta-me este último fragmento. Interiorizá-lo, pois então!), pois:"Só por distracção ou imbecilidade ou por crime se não vê ou não deixa ver que ao mesmo homem impende a tarefa ingente e grandiosa de se restabelecer em harmonia ao mundo, para que em harmonia a sua vida lucidamente se realize desde o nascer até ao morrer" Virgílio Ferreira, dedicado a ele e à vida." in Triângulo Vertiginoso, by JCV
Obrigada por me teres dado a (re)conhecer esse autor tão deprimente como se tornam todos aqueles que o acham, como se torna aos meus olhos todo aquele que não o compreende (ai, a minha malícia :))
Já foi em Out 2006: assustadoramente :*
quinta-feira, abril 17, 2008
Corrente de ar
"O Valor do Vento" - Ruy Belo
Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno e o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas aó hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Mais um poema de Ruy Belo que descobri recentemente, e de que me lembrei nestes dias estranha e desfasadamente ventosos. A lembrar a forma simples e descomplicada com que olhamos o mundo que nos rodeia. Este vento sentido que nos revolve os cabelos, os pensamentos, os braços das árvores (que não envolvem o abraço da gente que as abraça) e as páginas da história que vamos escrevendo.
Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno e o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas aó hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Mais um poema de Ruy Belo que descobri recentemente, e de que me lembrei nestes dias estranha e desfasadamente ventosos. A lembrar a forma simples e descomplicada com que olhamos o mundo que nos rodeia. Este vento sentido que nos revolve os cabelos, os pensamentos, os braços das árvores (que não envolvem o abraço da gente que as abraça) e as páginas da história que vamos escrevendo.
sábado, abril 12, 2008
quinta-feira, abril 10, 2008
terça-feira, abril 01, 2008
sexta-feira, março 28, 2008
Eu só e a minha tarde
Enquanto a inspiração não vem,
enquanto sou eu e as minhas tardes,
enquanto não escrevo tudo o que consigo reunir nos pensamentos de um dia, hora, minuto,
enquanto não ordeno pensares desordenados,
enquanto não brinco com as palavras, conceitos,
enquanto estas pequenas poesias me invadem e encaixam e revolvem,
enquanto a inspiração vem ou precisa de ser acordada do seu sono belo e fingido de quem não repara que precisa de ser trabalhada e chamada à honestidade,
e não é
enquanto não escrevo tudo o que vem, porque não se deve, não se pode, não se vá transformar,
fico eu só e as minhas noites,
em que altero horas de dias e dias de horas e calendarizo os meus sentimentos... como se isso pudesse controlar... porque apenas isso pudesse, mas nem isso.
Aparece um belo de Ruy Belo...
--------------------------------------------------------------------------------
A minha tarde, de Ruy Belo
Disponho do vento disponho do sol disponho da árvore
arranjo pássaros arranjo crianças
tenho mesmo à minha disposição o mar talvez com tudo isto possa formar uma tarde
uma tarde azul e calma onde me possa refugiar
Mas e as ideias as doutrinas e os problemas?
Se nem resolvi ainda o problema da unha do dedo mínimo
como pretender ter resolvido o mínimo problema?
E as ideias que só servem para dividir?
As ideias têm úmeros inúmeros
e é difícil caminhar no meio da multidão
Podia dizer (mas não me deixa descansado): Sou novo.
Tenho por isso a razão pelo meu lado
Deixai os pássaros cantar as crianças brincar
o tempo não urge o coração não arde
Quem sou eu? Eu só e a minha tarde
As crianças com as suas vozes brancas
riscam alegremente o céu azul
passam as aves em seu voo rasante
desde sá de miranda até jorge de sena
E o tempo passa assim. Sou eu e o passado
Era novo. Não tenho a razão pelo meu lado.
enquanto sou eu e as minhas tardes,
enquanto não escrevo tudo o que consigo reunir nos pensamentos de um dia, hora, minuto,
enquanto não ordeno pensares desordenados,
enquanto não brinco com as palavras, conceitos,
enquanto estas pequenas poesias me invadem e encaixam e revolvem,
enquanto a inspiração vem ou precisa de ser acordada do seu sono belo e fingido de quem não repara que precisa de ser trabalhada e chamada à honestidade,
e não é
enquanto não escrevo tudo o que vem, porque não se deve, não se pode, não se vá transformar,
fico eu só e as minhas noites,
em que altero horas de dias e dias de horas e calendarizo os meus sentimentos... como se isso pudesse controlar... porque apenas isso pudesse, mas nem isso.
Aparece um belo de Ruy Belo...
--------------------------------------------------------------------------------
A minha tarde, de Ruy Belo
Disponho do vento disponho do sol disponho da árvore
arranjo pássaros arranjo crianças
tenho mesmo à minha disposição o mar talvez com tudo isto possa formar uma tarde
uma tarde azul e calma onde me possa refugiar
Mas e as ideias as doutrinas e os problemas?
Se nem resolvi ainda o problema da unha do dedo mínimo
como pretender ter resolvido o mínimo problema?
E as ideias que só servem para dividir?
As ideias têm úmeros inúmeros
e é difícil caminhar no meio da multidão
Podia dizer (mas não me deixa descansado): Sou novo.
Tenho por isso a razão pelo meu lado
Deixai os pássaros cantar as crianças brincar
o tempo não urge o coração não arde
Quem sou eu? Eu só e a minha tarde
As crianças com as suas vozes brancas
riscam alegremente o céu azul
passam as aves em seu voo rasante
desde sá de miranda até jorge de sena
E o tempo passa assim. Sou eu e o passado
Era novo. Não tenho a razão pelo meu lado.
terça-feira, março 25, 2008
domingo, março 23, 2008
HOMEM NOVO! Páscoa feliz!!
Descanso.
Porque o Sol me pedirá braços.
Canso.
Porque a noite será meu regaço.
Escrevo.
Porque a lua se faz no meu
traço
E não me deixa descansar.
Descanso do cansaço
No regaço que o traço tem.
E lanço-me no compasso,
Traço laço da lua mãe.
(João Filipe Aguiar, O Traço da Semente)
Parabéns, primo! Adorei as nossas brincadeiras e risadas, gargalhadas que provocámos nos circundantes. A coincidência da data pascal vivida em família com o teu 20ºaniversário. Gosto das brincadeiras e lutas que temos :)***
Porque o Sol me pedirá braços.
Canso.
Porque a noite será meu regaço.
Escrevo.
Porque a lua se faz no meu
traço
E não me deixa descansar.
Descanso do cansaço
No regaço que o traço tem.
E lanço-me no compasso,
Traço laço da lua mãe.
(João Filipe Aguiar, O Traço da Semente)
Parabéns, primo! Adorei as nossas brincadeiras e risadas, gargalhadas que provocámos nos circundantes. A coincidência da data pascal vivida em família com o teu 20ºaniversário. Gosto das brincadeiras e lutas que temos :)***
sexta-feira, março 21, 2008
Um homem é o seu próprio sonho...
Deve ter havido uma altura em que ele olhou o vento que agitava as areias, lá para os lados da Galileia, e perguntou a si próprio onde estaria a resposta certa. Dormia nessa derradeira noite, e sombras furtivas agitavam-se por entre as oliveiras nocturnas, enquanto ele lembrava antigas leituras, outras certezas, outros rumos para fazer o Caminho. Sonhava, é certo, mas não podem os sonhos fazer parte, também, dos nosso anseios e das respostas às perguntas que fazemos? Sonhava, ou seria ele parte de um outro sonho alheio?
De qualquer modo, os sonhos fornecem o privilégio de nos levar aos lugares da memória e dos instantes. Os mais improváveis e os mais distantes. Atravessam-nos com rascunhos do passado e do futuro, e omitem o presente, pois o presente não existe.
Está a suar. O medo e angústia têm destas coisas. E sente-se igualmente magoado de dúvidas: será o homem de amanhã diferente e melhor que o de hoje? Valerá a pena aquela dor e esta angústia? Mas pode um homem voltar atrás, arrepender-se do caminho já percorrido? Não tem um homem direito a reinvindicar-se perante o próprio tempo? A redimir-se? A salvar-se das circunstâncias que se impõe à sua própria vida?
No interior do sonho, acorda. Senta-se na cama assustado. Abre os olhos e, aos poucos, a luz do luar permite-lhe olhar para a rua. Para os contornos das casas, para as sombras das paredes e dos telhados. Não havia vento; somente um leve e quase mudo rumorejar nas folhas das oliveiras. Dirige-se para a porta de casa como se uma força irresistível o chamasse, como se alguém lá fora dissesse o seu nome. Abriu a porta... Nada... Apenas silêncio.
A noite estava calma. Serena, mesmo. Aproxima-se de um monte de oliveiras, onde a lua espalha as sombras das oliveiras e dos seus ramos, como se de braços se tratassem. Mais perto, agora, percebe uma silhueta em posição sentada, em silencioso sossego, como se respirasse apenas o próprio ar. Olham-se em tranquila quietude. Quase não precisam de falar, pois se ele é o homem das palavras, o outro é o do silêncio: silêncio e palavras que mais são se não as duas mãos da poesia? A sua voz.
- Devo dizer-te que hão-de passar ainda muitos anos até que tu existas e a minha vida tenha já passado.
-Queres dizer que estou a sonhar, não é? Bem me parecia...
- Um homem é o seu próprio sonho...
- Mas esse sonho, de que falas, é tão íntimo e tão dentro de cada um, que acaba por ser um segredo.
- A esse segredo, a esse pedaço de indizível, prefiro eu chamar silêncio.
Estão agora ambos de pé. Afinal, já se conhecem há muito tempo. Caminham lentamente por entre as sombras lunares das oliveiras. Uma brisa leve sopra, prenúncio de algo que ainda não é. Mas o tempo... que é feito do tempo? Será possível tirar a seta ao tempo, virar-lhe as costas?
"Alguém que tu conheces", Carlos Lopes Pires
Cheira-me a folar... Feliz Páscoa :)
De qualquer modo, os sonhos fornecem o privilégio de nos levar aos lugares da memória e dos instantes. Os mais improváveis e os mais distantes. Atravessam-nos com rascunhos do passado e do futuro, e omitem o presente, pois o presente não existe.
Está a suar. O medo e angústia têm destas coisas. E sente-se igualmente magoado de dúvidas: será o homem de amanhã diferente e melhor que o de hoje? Valerá a pena aquela dor e esta angústia? Mas pode um homem voltar atrás, arrepender-se do caminho já percorrido? Não tem um homem direito a reinvindicar-se perante o próprio tempo? A redimir-se? A salvar-se das circunstâncias que se impõe à sua própria vida?
No interior do sonho, acorda. Senta-se na cama assustado. Abre os olhos e, aos poucos, a luz do luar permite-lhe olhar para a rua. Para os contornos das casas, para as sombras das paredes e dos telhados. Não havia vento; somente um leve e quase mudo rumorejar nas folhas das oliveiras. Dirige-se para a porta de casa como se uma força irresistível o chamasse, como se alguém lá fora dissesse o seu nome. Abriu a porta... Nada... Apenas silêncio.
A noite estava calma. Serena, mesmo. Aproxima-se de um monte de oliveiras, onde a lua espalha as sombras das oliveiras e dos seus ramos, como se de braços se tratassem. Mais perto, agora, percebe uma silhueta em posição sentada, em silencioso sossego, como se respirasse apenas o próprio ar. Olham-se em tranquila quietude. Quase não precisam de falar, pois se ele é o homem das palavras, o outro é o do silêncio: silêncio e palavras que mais são se não as duas mãos da poesia? A sua voz.
- Devo dizer-te que hão-de passar ainda muitos anos até que tu existas e a minha vida tenha já passado.
-Queres dizer que estou a sonhar, não é? Bem me parecia...
- Um homem é o seu próprio sonho...
- Mas esse sonho, de que falas, é tão íntimo e tão dentro de cada um, que acaba por ser um segredo.
- A esse segredo, a esse pedaço de indizível, prefiro eu chamar silêncio.
Estão agora ambos de pé. Afinal, já se conhecem há muito tempo. Caminham lentamente por entre as sombras lunares das oliveiras. Uma brisa leve sopra, prenúncio de algo que ainda não é. Mas o tempo... que é feito do tempo? Será possível tirar a seta ao tempo, virar-lhe as costas?
"Alguém que tu conheces", Carlos Lopes Pires
Cheira-me a folar... Feliz Páscoa :)
domingo, março 16, 2008
Hora H
Dias e horas e segundos.
E instantes e preciosos.
E caixas e supresas.
E notas e memórias e fotos.
Há lembranças.
E festejo e contenção.
E música e trautear.
E desabafos e euforias.
Há partilhas e risadas.
E festas e abraços e silêncios repentinos.
Há medos e automatismos e defesas.
E impulsos e receptividades.
E dúvidas e conforto.
Há carpe diei e preocupações.
Há saltos e pés bem assentes.
Há entreolhar e sobreolhar.
Há sol a pôr e sol já levantado.
Há sestas breves e sonos pesados.
Há um até amanhã e um até breve.
Há um dorme bem e durmo bem.
Existirá o dia D?
Happy birthday to you!***
E instantes e preciosos.
E caixas e supresas.
E notas e memórias e fotos.
Há lembranças.
E festejo e contenção.
E música e trautear.
E desabafos e euforias.
Há partilhas e risadas.
E festas e abraços e silêncios repentinos.
Há medos e automatismos e defesas.
E impulsos e receptividades.
E dúvidas e conforto.
Há carpe diei e preocupações.
Há saltos e pés bem assentes.
Há entreolhar e sobreolhar.
Há sol a pôr e sol já levantado.
Há sestas breves e sonos pesados.
Há um até amanhã e um até breve.
Há um dorme bem e durmo bem.
Existirá o dia D?
Happy birthday to you!***
quinta-feira, março 13, 2008
To GRobertoC (voice&soul to DMB)
Come see
I swear by now I'm playing time against my troubles, oh
Oh, I'm coming slow but speeding
Do you wish a dance and while I'm in the front
My play on time is won
Oh, But the difficulty is coming here
I will go in this way
And find my own way out
I won't tell you to stay
But I'm coming to much more
Me
All at once the ghosts come back
Reeling in your mind
Oh, What if they came down crushing
I used to play for all of the loneliness that nobody notices now
Oh, I'm begging slow
I'm coming here
I´m waiting
I wanted to stay
I wanted to play,
I wanted to love you
I'm only this far
And only tomorrow leads my way
I'm coming waltzing back and moving into your head
Please, I wouldn't pass you by
Oh, I wouldn't take any more than (what I need)
What sort of man goes by?
I will bring water
Why won't you ever be glad?
It melts into wonder
I came in praying for you
Why won't you run into the rain and play?
And let the tears splash all over you
4Ever
queria só que ouvissem...
2young2die
I swear by now I'm playing time against my troubles, oh
Oh, I'm coming slow but speeding
Do you wish a dance and while I'm in the front
My play on time is won
Oh, But the difficulty is coming here
I will go in this way
And find my own way out
I won't tell you to stay
But I'm coming to much more
Me
All at once the ghosts come back
Reeling in your mind
Oh, What if they came down crushing
I used to play for all of the loneliness that nobody notices now
Oh, I'm begging slow
I'm coming here
I´m waiting
I wanted to stay
I wanted to play,
I wanted to love you
I'm only this far
And only tomorrow leads my way
I'm coming waltzing back and moving into your head
Please, I wouldn't pass you by
Oh, I wouldn't take any more than (what I need)
What sort of man goes by?
I will bring water
Why won't you ever be glad?
It melts into wonder
I came in praying for you
Why won't you run into the rain and play?
And let the tears splash all over you
4Ever
queria só que ouvissem...
2young2die
terça-feira, março 04, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
A música ajuda a passar... (To Mariane: what are we chasing, anyway?)
We'll do it all,
Everything,
On our own.
We don't need
Anything
Or anyone.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
I don't quite know
How to say
How I feel.
Those three words
Are said too much.
They're not enough.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.
Let's waste time
Chasing cars
Around our heads.
I need your grace
To remind me
To find my own.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.
All that I am,
All that I ever was
Is here in your perfect eyes, they're all I can see.
I don't know where,
Confused about how as well,
Just know that these things will never change for us at all.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Snow Patrol- Chasing Cars
http://br.youtube.com/watch?v=8vSWGNqI-sI
Desculpa, render-me a estes hits comerciais =P Acontece, às vezes! De resto, como quase tudo...
Everything,
On our own.
We don't need
Anything
Or anyone.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
I don't quite know
How to say
How I feel.
Those three words
Are said too much.
They're not enough.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.
Let's waste time
Chasing cars
Around our heads.
I need your grace
To remind me
To find my own.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.
All that I am,
All that I ever was
Is here in your perfect eyes, they're all I can see.
I don't know where,
Confused about how as well,
Just know that these things will never change for us at all.
If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?
Snow Patrol- Chasing Cars
http://br.youtube.com/watch?v=8vSWGNqI-sI
Desculpa, render-me a estes hits comerciais =P Acontece, às vezes! De resto, como quase tudo...
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