quinta-feira, maio 25, 2006

«O tempo, propriamente dito, não existe (excepto o presente como o limite), e, no entanto, estamos submetidos a ele. É esta a nossa condição. Estamos submetidos ao que não existe. Quer se trate da duração passivamente sofrida dor física, esperança, desgosto, remorso, medo, quer do tempo organizado, ordem, método, necessidade, nos dois casos, aquilo a que estamos submetidos, não existe. Estamos, realmente, presos por correntes irreais. O tempo, irreal, cobre todas as coisas e até nós mesmos, de irrealidade.»
Simone Weil, Gravidade e a Graça

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