sábado, julho 10, 2010

" Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço."

Carlos Ruiz Zafón, "O jogo do anjo"

Enquanto o sonho da literatura não acontece, acontecem o dos escritos pontuais mais ou menos inspirados.
Enquanto o sonho do grande feito não acontece, acontece o do pequeno feito, na minha pequenez, do outro lado do mundo...

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