"Sim, creio!"

Esta foi a Profissão de Fé da Cláudia, da Sofia, do Miguel, do António, do João Pedro, do Manuel... e de tantos outros meninos. Esta foi a minha profissão de Fé. Foi uma cerimónia bonita, em que me comovi por vê-los radiantes e compenetrados. Ao fim de tantas catequeses e partilhas voluntárias ou forçadas =P uniram-se como grupo de caminhada e disseram o seu "sim, creio". Tudo correu bem: as leituras (dos meninos nervosos =)), o ofertório, as intenções, a luz das velas, os cânticos, as "arrumações", a mensagem transmitida. Senti-me a sorrir que nem uma parola ao longo da missa, extasiada pela sensibilidade que estas crianças têm. Um processo que fez sentido como culminar de mais um ano, e de mais um dia, ontem, passado em comunhão. Todos os meninos do 6º Volume se reuniram para rezar e interiorizar o que era isto de "professar a fé". E foi também desta reflexão e partilha que fui beber da riqueza dos mais novos, daqueles que não parecem ter nada para ensinar, que têm tudo a aprender. E é bom quando eu me engano, quando descubro neles uma visão de tolerância e de percepção do mundo que os rodeia que não esperaria nesta idade. Quando os vejo a darem graças a Deus pelo que têm de bom e, pasme-se!, pelo que têm de menos bom para dar valor às coisas boas. A boa disposição, a alegria constantes, a quantidade de comida que os pais (presumo que mais as mães =P) insistem em mandar, como se o filho fosse estar fora a semana inteira, a procura dos ramos para fazerem a cruz, as brincadeiras, a participação. E o jogo do novelo. Um "quebra-gelo" para a apresentação, mas que nos põe a pensar como a resposta para muita questões está nas coisas mais simples =) Consiste em enrolar um bocado de novelo de lã, apresentarmo-nos e lançá-lo a uma próxima pessoa, que fará o mesmo e assim sucessivamente estarmos todos envolvidos. Quando se termina, reparamos que estamos todos "enovelados" por uma mesma teia de linhas e que aquilo que faço (puxar um dedo, afastar-me...) implica no próximo. Não se fica indiferente, e todos somos responsáveis por aquilo que deixamos passar aos outros. Por isso nos é pedido tão assiduamente que sejamos instrumentos de paz, de comunidade, de alegria e dádiva. Foi muito bom para a Sónia e para mim este fim-de-semana. E assistir a tão bonita missa, com o entusiasmo de quem também ali celebra a sua Fé e professa o seu "sim, creio".
E mais que tudo... os olhos radiantes ao olharem para os terços que a Sónia e eu tão carinhosamente fizemos... Terços de fimo laranja para as meninas, azul para os rapazes =)

Obrigada Cláudia, pela tua pontualidade e assiduidade, pelas catequeses mais participativas, pelos teus sorrisos tímidos;
Obrigada Sofia, pela tua simpatia, timidez;
Obrigada Miguel, pelas vezes em que nos surpreendias ao deixar a timidez de lado e ao revelares-te um menino tão sensível ao que te rodeia;
Obrigada António, pela tua inteligência, humor, sensibilidade e vontade de seres cada dia melhor (pois consegues! ;));
Obrigada João Pedro, pelo enriquecimento que foi a tua chegada tardia mas a tempo, pelas tuas opiniões e disponibilidade;
Obrigada Manel, pela tua presença bem disposta, pelos teus pareceres tão fundamentados, pelas tuas opiniões, dúvidas e interesse. Continua a pintar a tua vida com uma paleta cheia para fazeres belos "degradés" ;)
Foram todos um contributo tão precioso... Esperamo-vos para o ano!!
Obrigada Sónia, por esta nova aventura na nossa amizade, pela parceria ;) e pela dedicação! Encontro-te para o ano... ou daqui a bocadinho :)

«E Ele viu que isto era bom..." (Gn 1, 25)