"A arte da profecia é difícil, especialmente no que toca ao futuro."
Mark Twain
À Mer que vai em conquista da Ásia, às suas profecias e leituras de mão, às suas mãos que mudam o mundo, às suas palavras que emocionam e transformam e ao seu olhar atento, ambicioso e veloz.
Miss U a lot!
and love is pain/ Love is these blues that I'm singing again, again, again
terça-feira, junho 29, 2010
segunda-feira, junho 21, 2010
Goleada
Cá para mim... esta noite, os impostos vão aumentar!
O dia mais longo do ano... significa isto que são mais segundos para gostar de ti? :)
O dia mais longo do ano... significa isto que são mais segundos para gostar de ti? :)
domingo, junho 20, 2010
"Common nighthawk"
Não és da terra dos muitos
para apanhar os transportes
e quando descem a rua
toda a vida pelas costas -
és de uma noite de Julho
que começa sem lembrança
e termina ao outro dia
com um sorriso moído
e um número de telefone
condenado a extraviar-se.
Quanto ao mais posso dizer
que o pouco que sei de ti
não abona em meu favor
nem aproveita ao poema.
(Rui Pires Cabral)
segunda-feira, junho 14, 2010
domingo, junho 13, 2010
Marchavas...
Este ano não fui à noite de Santo António...
Com esta fita e greve que lhe faço,
Sem moeda em sua devoção,
A ver se me fortalece este laço,
E me casa meu coração.
Falho este ano a alegria,
De festejar esta Lisboa,
Sem apertos na mouraria,
Nem os pés na Madragoa.
Não bailo, nem bebo, nem canto,
Nem rua abaixo nem rua acima,
Este ano celebro o Santo,
Sem mangerico que me anima!
Com esta fita e greve que lhe faço,
Sem moeda em sua devoção,
A ver se me fortalece este laço,
E me casa meu coração.
Falho este ano a alegria,
De festejar esta Lisboa,
Sem apertos na mouraria,
Nem os pés na Madragoa.
Não bailo, nem bebo, nem canto,
Nem rua abaixo nem rua acima,
Este ano celebro o Santo,
Sem mangerico que me anima!
sábado, junho 12, 2010
Say Yes to the Dress ;)
Hoje vou até ao Fundão... comer cerejas.
(foto tirada do blog "saídos da concha")
Pista para o noivo: é lindo como tudo!
E ver o vestido de uma princesa. Colocar-lhe um pouco de baba de madrinha :D
(foto tirada do blog "saídos da concha")
Pista para o noivo: é lindo como tudo!
sexta-feira, junho 11, 2010
Hoje começa o mundial: calor, patriotismo e vuvuzelas... a quanto obrigas!
"Anda a gente um dia inteiro atrás de um verso.
Os delírios soltos, claro, não adiantam
grande coisa. É como curar maleitas
com fumos e cataplasmas. Enfim,
deve ser o nosso táxi. Na rádio (bossa nova,
cha cha cha, easy listening) o futebolista
fala a língua de todos os homens:
"sempre foi um treinador que no qual
adorei jogar ao lado dele". Seja como for,
nunca o venceremos com palavras.
No campo, escusado dizer, pior ainda."
(Sintaxe, Vítor Nogueira)
Os delírios soltos, claro, não adiantam
grande coisa. É como curar maleitas
com fumos e cataplasmas. Enfim,
deve ser o nosso táxi. Na rádio (bossa nova,
cha cha cha, easy listening) o futebolista
fala a língua de todos os homens:
"sempre foi um treinador que no qual
adorei jogar ao lado dele". Seja como for,
nunca o venceremos com palavras.
No campo, escusado dizer, pior ainda."
(Sintaxe, Vítor Nogueira)
quinta-feira, junho 10, 2010
Portugal Conquistador, onde estás?
"É muito melhor atrevermo-nos a cometer actos corajosos, a ter triunfos gloriosos, mesmo que possam ser ameaçados pelo fracasso, do que fazer parte do grupo desses pobres de espírito, que nunca se divertem muito nem sofrem demasiado pelo facto de viverem na zona cinzenta do crepúsculo que não conhece a vitória nem a derrota."
Franklin Roosevelt
Em 1989, Da Vinci ganhavam com "Conquistador". É um link para quem esteja saudosista ou a pensar conquistar novos mundos! ;)
Franklin Roosevelt
Em 1989, Da Vinci ganhavam com "Conquistador". É um link para quem esteja saudosista ou a pensar conquistar novos mundos! ;)
quarta-feira, junho 09, 2010
"Her" Yard - Blog recém-nascido
E nasceu. Como milhares devem nascer por dia.
Mas este é de uma amiga cujo humor e visão consegue as maiores doçuras e a maior sagacidade. Um blog de tão branco e limpo que me deu vontade de mudar as cores ao meu (que durante tanto tempo achei que não cansava tanto ler branco em fundo preto). De resto, e ao seu jeito, propostas de blogs culinários, de fotografia e tantos outros pormenores que fazem do nosso mundo um pouco mais do que uma sucessão de dias.
É o pátio dela, o quintal, mas podia ser a rua, a morada, o lar, ou simplesmente o caminho: o dela! Bons encontros, boas descobertas.
Desejosa de te ler, amiga! ;)
Mas este é de uma amiga cujo humor e visão consegue as maiores doçuras e a maior sagacidade. Um blog de tão branco e limpo que me deu vontade de mudar as cores ao meu (que durante tanto tempo achei que não cansava tanto ler branco em fundo preto). De resto, e ao seu jeito, propostas de blogs culinários, de fotografia e tantos outros pormenores que fazem do nosso mundo um pouco mais do que uma sucessão de dias.
É o pátio dela, o quintal, mas podia ser a rua, a morada, o lar, ou simplesmente o caminho: o dela! Bons encontros, boas descobertas.
Desejosa de te ler, amiga! ;)
Ah! Mora em: http://myyard-mariana.blogspot.com/
segunda-feira, junho 07, 2010
Planificações
´Não´
´ E relevos?´
A partir de hoje não faço planos! Só coisas relevantes ;)
sábado, junho 05, 2010
"A natureza e os livros pertencem aos olhos que os vêem"
(Ralph Emerson)
E eu acrescentaria... e toda e qualquer manifestação de Arte...
E eu acrescentaria... e toda e qualquer manifestação de Arte...
sexta-feira, junho 04, 2010
"A carne agarrada aos ossos"
por Diogo Vaz Pinto
Deitei a tarde pela janela e fiquei só
com a linha onde a luz se suspendeu
num tom rosado, tão calmo, quase
artificial neste fim de Abril, a descer sobre
o azul da minha voz. Pus-me a fumar
por cima de um caderno, enchendo
e virando páginas, um punho a apoiar
este rosto agarotado e um dedo
pasando pela boca que há muito
não se embeiça por sentidos razoáveis.
Não sei se tentava voltar aos braços
de alguma remota ilusão, se me fiquei
por um circuito de estilhaços ou qualquer
outra lesão silenciosa. Mais óbvios
todos os destinos, dói mais a princípio,
ver como os dias vão saindo repetidos. E daí,
a repetição talvez seja só eu, esta pequena
intriga ou vago remorso que me escreve.
Não era como se tivéssemos muito
a esperar das ruas, mas saímos
e depressa demos com o labirinto dos excessos
na noite que o corpo nos exigia. Os dois
à boleia do tempo, juntando mais
umas horas a esta idade que tresanda já
a maus hábitos, paixões sem interesse
e fantasias voltando a casa destruídas,
cada vez menos e menos inocentes.
Por aí a imaginação perdia
toda a confiança, dócil, foi-se ajoelhando
e enfrentou confissões ordinárias,
sepultando os sorrisos
que nos caíram entre os lábios.
Esquecemos tantas outras vidas.
Sentados de costas para a entrada,
no Saloio da 24, insististe que a vidinha,
enfim, lá tinha dado connosco. E que lugar
tão triste para o admitirmos, entre a fatia
de pizza, o rissol e os copos de plástico
que não foram suficientes para afastar-nos
da razão, nem sequer distrair os sinónimos
que chegam, às vezes demasiado cedo,
quando o coração é um ódio
tão natural, uma forma de pedir
que não contem mais connosco.
Um tudo-nada comovidos, aguentou-nos
um silêncio que também já não era só nosso.
Arrumados para estatísticas:
eu levando um curso aos chutos vai agora
para uns cinco anos, e tu, diplomado
e num primeiro emprego, a seres pago
para gastares com a infelicidade
as incertezas que te restam. Os dois,
como é normal, mimando e entretendo
a carne agarrada aos ossos.
Há dias que é só quanto fazemos: entreter a carne agarrada aos ossos.
Eu cá quero mimá-la e dar-lhe um sentido... e pensar que veio do Verbo maior.
Porque só com Amor posso tornar esta carne imune ao puro entretenimento. À pura distracção da vida. Ao alienamento. Porque para mim non-sense é só no humor.
Do que me rio é das denúncias com segundas intenções, mas mascaradas de boas intenções e desprendimento.
Como um "nem querer falar nisso" mas sai... e espalha-se... como qualquer palavra boa que podemos dar
(tantas vezes tudo o que temos para dar)
ignoramos,
ou fingimos ignorar,
que a palavra menos dócil também faz seu caminho.
E é opção nossa.
Se queremos magoar, agredir, sabemos como fazê-lo. E isso nunca é de forma involuntária. E quando o nunca ocorre e é, perde-se firmeza, atabalhoa-se as reais intenções e agarra-se à prancha para não afogar momentos...
(Respira-se com dificuldade, volta-se atrás no movimento, tentamos até sacudir e expelir a água como se não tivesse sido o nosso corpo a tê-la para si. Mas ninguém nos atirou à água. Fomos nós que mergulhámos. Que quisemos sentir os poros a encherem de vida, ouvir a respiração como se fosse o nosso meio, mas não temos guelras e tudo quanto usamos é artificial. Para entender um momento, justificar um sofrimento, trazer à vida um peixe que já está na conserva. Morto e conservado e oleado)
Momentos que já estavam num fundo escondido afogados em mágoa. Mágoa que vem à tona, quando brincamos com os pés no fundo, às vezes procurando conquilhas de que nem vamos usufruir. Só para apanhá-las e encher baldes...
Ou por desperdício, ou por não sabermos cozinhá-las em bom molho, ou porque ainda não é o tempo delas.
Porque aquilo que agarramos à carne sem explicação também nos pesa nos ossos. Bem como o tempo e as madrugadas, e as explicações e as fúrias, e as promessas e as palavras bonitas... que vêm e vêem das mais acres.
E somos responsáveis por aquilo que queremos prender à nossa carne agarrada aos ossos,
o que queremos cultivar na nossa pele,
o que queremos imprimir nas nossas impressões digitais,
o cheiro e o toque. E tudo quanto é experiência e vida em nós.
Qual é o sentido da busca sôfrega de sentido?
Incorremos no risco de o perceber daqui a 15 anos. e entretanto desgastámos, impedimos novos mundos, envelhecemos, até azedámos...
Quando só interessa simplificar, desprender, desagarrar e desgarrar.
Interessa "caminhar em direcção à vida"...
Deitei a tarde pela janela e fiquei só
com a linha onde a luz se suspendeu
num tom rosado, tão calmo, quase
artificial neste fim de Abril, a descer sobre
o azul da minha voz. Pus-me a fumar
por cima de um caderno, enchendo
e virando páginas, um punho a apoiar
este rosto agarotado e um dedo
pasando pela boca que há muito
não se embeiça por sentidos razoáveis.
Não sei se tentava voltar aos braços
de alguma remota ilusão, se me fiquei
por um circuito de estilhaços ou qualquer
outra lesão silenciosa. Mais óbvios
todos os destinos, dói mais a princípio,
ver como os dias vão saindo repetidos. E daí,
a repetição talvez seja só eu, esta pequena
intriga ou vago remorso que me escreve.
Não era como se tivéssemos muito
a esperar das ruas, mas saímos
e depressa demos com o labirinto dos excessos
na noite que o corpo nos exigia. Os dois
à boleia do tempo, juntando mais
umas horas a esta idade que tresanda já
a maus hábitos, paixões sem interesse
e fantasias voltando a casa destruídas,
cada vez menos e menos inocentes.
Por aí a imaginação perdia
toda a confiança, dócil, foi-se ajoelhando
e enfrentou confissões ordinárias,
sepultando os sorrisos
que nos caíram entre os lábios.
Esquecemos tantas outras vidas.
Sentados de costas para a entrada,
no Saloio da 24, insististe que a vidinha,
enfim, lá tinha dado connosco. E que lugar
tão triste para o admitirmos, entre a fatia
de pizza, o rissol e os copos de plástico
que não foram suficientes para afastar-nos
da razão, nem sequer distrair os sinónimos
que chegam, às vezes demasiado cedo,
quando o coração é um ódio
tão natural, uma forma de pedir
que não contem mais connosco.
Um tudo-nada comovidos, aguentou-nos
um silêncio que também já não era só nosso.
Arrumados para estatísticas:
eu levando um curso aos chutos vai agora
para uns cinco anos, e tu, diplomado
e num primeiro emprego, a seres pago
para gastares com a infelicidade
as incertezas que te restam. Os dois,
como é normal, mimando e entretendo
a carne agarrada aos ossos.
Há dias que é só quanto fazemos: entreter a carne agarrada aos ossos.
Eu cá quero mimá-la e dar-lhe um sentido... e pensar que veio do Verbo maior.
Porque só com Amor posso tornar esta carne imune ao puro entretenimento. À pura distracção da vida. Ao alienamento. Porque para mim non-sense é só no humor.
Do que me rio é das denúncias com segundas intenções, mas mascaradas de boas intenções e desprendimento.
Como um "nem querer falar nisso" mas sai... e espalha-se... como qualquer palavra boa que podemos dar
(tantas vezes tudo o que temos para dar)
ignoramos,
ou fingimos ignorar,
que a palavra menos dócil também faz seu caminho.
E é opção nossa.
Se queremos magoar, agredir, sabemos como fazê-lo. E isso nunca é de forma involuntária. E quando o nunca ocorre e é, perde-se firmeza, atabalhoa-se as reais intenções e agarra-se à prancha para não afogar momentos...
(Respira-se com dificuldade, volta-se atrás no movimento, tentamos até sacudir e expelir a água como se não tivesse sido o nosso corpo a tê-la para si. Mas ninguém nos atirou à água. Fomos nós que mergulhámos. Que quisemos sentir os poros a encherem de vida, ouvir a respiração como se fosse o nosso meio, mas não temos guelras e tudo quanto usamos é artificial. Para entender um momento, justificar um sofrimento, trazer à vida um peixe que já está na conserva. Morto e conservado e oleado)
Momentos que já estavam num fundo escondido afogados em mágoa. Mágoa que vem à tona, quando brincamos com os pés no fundo, às vezes procurando conquilhas de que nem vamos usufruir. Só para apanhá-las e encher baldes...
Ou por desperdício, ou por não sabermos cozinhá-las em bom molho, ou porque ainda não é o tempo delas.
Porque aquilo que agarramos à carne sem explicação também nos pesa nos ossos. Bem como o tempo e as madrugadas, e as explicações e as fúrias, e as promessas e as palavras bonitas... que vêm e vêem das mais acres.
E somos responsáveis por aquilo que queremos prender à nossa carne agarrada aos ossos,
o que queremos cultivar na nossa pele,
o que queremos imprimir nas nossas impressões digitais,
o cheiro e o toque. E tudo quanto é experiência e vida em nós.
Qual é o sentido da busca sôfrega de sentido?
Incorremos no risco de o perceber daqui a 15 anos. e entretanto desgastámos, impedimos novos mundos, envelhecemos, até azedámos...
Quando só interessa simplificar, desprender, desagarrar e desgarrar.
Interessa "caminhar em direcção à vida"...
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