É possível fazer sem magoar,
ser sem estragar,
crescer sem lamentar,
ir sem regressar?
A questão eterna: escrevo hoje ou não escrevo?
Escrevo sempre? Escrevo triste? Escrevo demais? Escrevo cedo? Escrevo tarde? Escrevo? Escrevo mais? Escrevo convicta? Escrevo Invicta?
Invictus, William E Henley
(tradução André C S Masini)
"Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - erecta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma."
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