Anima et corpore sana...

Ontem acordei doentinha... E arrisco-me a dizer uma barbaridade: quase que é bom estar doentinha...
Aquilo que parecia ser uma simples indisposição acabou por ser uma bela de uma intoxicação alimentar... :S
Enquanto tentava escapar ao "fungo", ao "bicho", dormindo uma bela soneca, tive a visita de três grandes amigos: Ti, Tó e Mer. Que me fizeram companhia, brincaram com a minha hamster, tiraram fotos ao meu ar pálido, de olhos mortiços, e prepararam o belo cházinho de limão com mel e torradas que mal consegui tocar... Mas valeu a atenção e intenção =) É bom ser mimada pelos amigos e eu sou muuuuuito mimada =) Mas nisso não há mal ;) É bom, sabe bem, e cura intoxicações...
É bom ter quem se dedique a nós e quem alinhe nos nossos mimos de doentinha.
Obrigada Tó, pelos mimos; obrigada Mer, pelas gargalhadas que me faziam doer mais a cabeça e aumentar a febre =P; obrigada Ti pela flor e pelo lanchinho, que afinal era o meu almoço, que ao fim e ao cabo era o meu pequeno almoço :S...
Foram mais de metade da cura =)

Entretanto, por causa da minha não-total recuperação acabei por não ir trabalhar hoje, e rendi-me aos sonos e descanso, enquanto a minha malta foi curtir o SOL que eu andava a ambicionar há semanas... No final do dia ainda me tentaram para um cinema, mas o meu estado (já mais carregado de mimos do que de outra coisa) acabou por me atirar para um final de domingo mais calmo. E era calma que eu precisava estar, porque só de forma calma é que se fala com anjos... Anjos que têm asas cansadas e que precisam que as penteemos e alinhemos para que o seu vôo prossiga de forma auspiciosa e segura =) E, anjinho mais valioso do meu coração, como tu tão bem mencionaste Ricardo Reis, "para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui"...
É ao pores quanto és, no mínimo que fazes, que, mais uma vez, faz sobressair a tua força e a tua grandeza =) Eu ACREDITO em ti!

SÍSIFO*
"Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças."
(Miguel Torga)

GMT, Dri!

[ * Sísifo tentou enganar os deuses com a sua astúcia, e, como consequência, os deuses condenaram Sísifo a empurrar, sem descanso, um rochedo até ao cume de uma montanha, de onde a pedra caía de novo, devido ao peso. Tinham pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança.]